Acontece, no entanto, que a malta envelhece. É do caralho, mas é verdade. A minha avó está aqui que não me deixa mentir. Logo, mais vale tentar aprender a envelhecer, digo eu.
Por isso seria espectacular que nos ensinassem como se faz. Há tanta, tanta, tanta, tanta, tanta gente que consegue explicar em 10 pontos, ou menos, toda a verdade sobre a maternidade/paternidade (apesar de os pais não serem, a maior parte das vezes, nem tido nem achados nestas coisas), sobre ser bem sucedida(o), ou até sobre a felicidade, porque raio não estou eu cansada de ler sobre envelhecer com serenidade? É que ainda por cima, nem todas(os) somos mães/pais, nem todas(os) somos bem sucedidas(os), nem todas(os) somos felizes - parece que até há algumas pessoas que são isto tudo ao mesmo tempo, mas vivem um bocado longe, tipo, noutro sistema solar, por isso não são para aqui chamadas. Mas, não havendo nenhum acidente de percurso, é certo e sabido que toda a gente envelhece.
Por exemplo, eu sou gaja para explicar num instante como lidar com a maternidade, como ser bem sucedida e como ser feliz:
Maternidade = a ser atropelada por um camião. Podemos ter a sorte de não partir muitos ossos e conseguirmo-nos levantar num instante, ou ficar com demasiadas fracturas, mas é tudo uma questão de recuperar e ter muitas gente à volta a quem recorrer.
Sucesso = a equilíbrio. Quanto mais conseguirmos gerir as expectativas com a realidade melhor sucedidas seremos.
Felicidade = a vivermos bem com aquilo que somos.
E a velhice? Sobre isso não sei nada, porque ninguém me conta nada, nem mesmo a minha avó. É um mistério.
Do que posso averiguar, uma coisa é vivermos bem com o facto de sermos mais dotadas para lavar loiça do que escrever livros, outra coisa é aprender a viver com o facto de não sermos capazes de ouvir, andar sozinhos, ou mijar numa sanita.
Envelhecer é uma merda, foda-se (ter filhos também implica muita merda, pelos menos nos primeiros dois anos de vida), mas eu quero morrer velha. E quero ter filhos. Espera, filhos já tenho. Só me falta morrer velha, portanto.
Por exemplo, eu sou gaja para explicar num instante como lidar com a maternidade, como ser bem sucedida e como ser feliz:
Maternidade = a ser atropelada por um camião. Podemos ter a sorte de não partir muitos ossos e conseguirmo-nos levantar num instante, ou ficar com demasiadas fracturas, mas é tudo uma questão de recuperar e ter muitas gente à volta a quem recorrer.
Sucesso = a equilíbrio. Quanto mais conseguirmos gerir as expectativas com a realidade melhor sucedidas seremos.
Felicidade = a vivermos bem com aquilo que somos.
E a velhice? Sobre isso não sei nada, porque ninguém me conta nada, nem mesmo a minha avó. É um mistério.
Do que posso averiguar, uma coisa é vivermos bem com o facto de sermos mais dotadas para lavar loiça do que escrever livros, outra coisa é aprender a viver com o facto de não sermos capazes de ouvir, andar sozinhos, ou mijar numa sanita.
Envelhecer é uma merda, foda-se (ter filhos também implica muita merda, pelos menos nos primeiros dois anos de vida), mas eu quero morrer velha. E quero ter filhos. Espera, filhos já tenho. Só me falta morrer velha, portanto.