Pai Natal e outras conversas

28.11.19




Eu - Vocês continuam a acreditar no Pai Natal?
Isaac - Eu sim.
Nicolau - Não. Por várias razões, primeiro nunca o vimos. Depois, porque ele não cabe nas chaminés.
Isaac - Cabe em algumas.
Nicolau - E daquela vez que ele estava a chegar e fomos espreitar à janela e quando voltámos as prendas já estavam no sítio? Não faz sentido.
Eu - Então quem é que achas que dá as prendas?
Nicolau - Os pais.
Eu - Certo. Quer dizer que vais compreender se não receberes o que pediste, porque sabes que os pais podem não ter dinheiro?
Nicolau - Afinal, acho que acredito no Pai Natal.
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Isaac - Quero perguntar-vos uma coisa, mas se calhar vão-se chatear.
Eu e pai - Claro que não. Não há razão para ficarmos chateados com uma pergunta.
Isaac - O que é sexo?
Eu - Eu acho que tu sabes o que é, mas se queres falar connosco sobre isso, outra vez, podemos responder.
Pai - O que queres saber exactamente?
Isaac - O que é sexo.
Eu - Pode ser aquilo que destinge o masculino e o feminino, ou aquilo que os adultos fazem para ter filhos. Ainda que também possam fazer sexo quando gostam muito um do outro, mesmo que não pensem em ter filhos. 
Isaac - Quer dizer que tu já fizeste sexo três vezes?
Eu - hmmm, pois, quer dizer mais ou menos isso.

(Foto: Eles, em Souto da Velha, depois das vindimas em Freixo de Espada à Cinta e depois de recolherem ''fósseis'' num terreno em frente)

Idiossincrasias

18.11.19
Cortei as repas. Não me ficam muito bem, mas às vezes é preciso acreditar que consigo fazer melhor do que prender o cabelo todos os dias e lavá-lo uma vez por semana.
É verdade que já não quero ser bonita como as minhas amigas, mas quero envelhecer bem, ou seja, parecer mais nova do que sou. Não é fácil, tendo em conta as vezes que acordo de ressaca e que o meu exercício físico é caminhar, mas acredito sempre que é possível. Até perceber que não é.
Tenho de aceitar as minhas idiossincrasias, pronto. Por exemplo:

>Fico um bocado irritada quando algum de nós fica doente, porque me parece uma falha. Como se fosse uma coisa que podia ter sido evitada, tipo chegar atrasada aos compromissos. Não percebo as pessoas que se atrasam, nem as que ficam doentes. E eu fico doente amiúde.

>Dou zero importância ao telemóvel. Fica muitas vezes esquecido em casa, ou sem bateria, sem que isso me causa qualquer ansiedade, como acontece com o Jaime, que ''por acaso'' tem de atender, ia dizer montes de vezes mas já pouca gente me telefona, chamadas para mim.

>Nunca me lembro que alimentos os meus filhos não gostam. Eu argumento que é por eles estarem sempre a mudar de gostos. Uma semana adoram bacalhau, na outra odeiam, mas já perdi a conta às vezes que ouvi ''EU NUNCA GOSTEI DISTO''. Na verdade, agora só tenho esse problema com o mais novo e tinha esquecido que a Bea se queixava do mesmo, até receber a mensagem: ''Até achei algo hilariante 18 anos depois ainda não te lembrares que não gosto de ameixas''.

P.S Não tirei foto às repas e hoje prendi-a com travessões, por isso mostro depois, se me lembrar.