Colher

31.10.13
O Jaime chega amanhã (ler isto como quem ri a olhar para o sol). Vamos lá ver a lista:

- terminar 20 sacos Ó Bai-me à loja - check 
- arrumar de uma vez por todas as roupas - check
- vender as fraldas reutilizáveis para pagar um anúncio no Homelidays - check
- enviar uns press releases - em execução 
- fazer a depilação - check

(reparo que a minha vida, vista assim, parece bastante ridícula. Devia ir colher flores. Devia ia colher qualquer coisas, só porque gosto do verbo colher)

A relatividade da idade

30.10.13
Tinha acabado de fazer os meus ritos tibetanos, no jardim da Estrela, quando se aproximou de mim uma senhora para me perguntar que exercício era aquele de levantar o corpo e para que servia. Eu dei uma explicação tosca qualquer, que não fez nenhuma diferença, porque a senhora começou imediatamente a contar a vida dela toda e a seguir a de uma jovem de 44 anos que foi ao programa da Fátima Lopes. Dizia ela: "Eu digo jovem, porque ao pé de mim, que tenho 73, era uma jovem, para si já é uma velha, ou quase". Ri-me e não lhe disse quantos anos tinha.

Casos do dia

29.10.13
Raramente comento aquilo que em jornalismo se chama casos do dia por duas razões:
1- os actuais casos do dia metem-me nojo;
2- alimento os meus dias, para o bem e para o mal, com os meus próprios casos do dia.
No entanto, não posso deixar de questionar o que poderiam usar contra mim os meus ex. qualquer coisa.

Quimera

29.10.13
Falta-me sempre qualquer coisa. Ao longo de toda a minha vida tem sido assim. À medida que vou crescendo essa qualquer coisa parece que vai diminuindo, mas nunca desaparece. Tenho tido momentos de plenitude, naturalmente, mas nunca alcancei esse sítio vasto de satisfação. 
Posso continuar à procura, acho que não tenho outra hipótese, aliás, mas esta dor no ombro do lado direito incomoda-me. 
Não se consegue alcançar verdades com dores nas articulações.

A boa notícia

28.10.13
A máquina de lavar loiça tinha de entupir agora, claro. O Nicolau tinha de se enfaixar contra uma parede e ficar com um belo arranhão na cara, para logo a seguir prender a mão num elevador, claro. A cobertura nova do sofá, feita com tanto esmero, tinha de levar com vomitado dos gatos, claro. Isto tudo no fim-de-semana. A boa notícia é que se confirma que não estou grávida.

Enquanto não crio e mato os meus animais

27.10.13
Como raramente frequento hipermercados desconhecia esta marca, que encontrei por acaso no Continente Ice de Campo de Ourique. Fiquei mesmo contente por poder comprar carne com origem numa produção integrada, ou seja, uma produção que tem em conta o bem estar animal e pratica uma agricultura sustentável. Também vendem carne biológica, mas se eu tiver a garantia de que os animais são de produção em extensivo, não consomem OGMs e tomam antibióticos quando não há outra hipótese já fico satisfeita. Depois, é reduzir o consumo de carne o mais possível e ganhamos todos.
O problema foi eles terem visto esta foto e estarem a pedir-me para comer hambúrgueres às 8h00 da manhã.

P.S só para esclarecer ninguém me ofereceu este produto, ou pagou para eu escrever sobre isto.

O meu momento "I see dead people"

26.10.13
Saímos do eléctrico e o Isaac perguntou porque é que o senhor de mochila azul lhe tinha feito cócegas e eu respondei que foi porque lhe achou piada. Depois lembrei-me que não tinha visto senhor nenhum a passar por nós e que fomos os únicos a sair naquela paragem e perguntei de que senhor estava ele a falar. "Daquele ali à frente, no passeio, não estás a ver?", respondeu-me. Não, não estava a ver, porque não estava lá ninguém. "Onde, onde?", insisti e ele começou a ficar nervoso a achar que estava a gozar com ele. "Ali, ali, agora já virou, não viste?". Decidi mentir e dizer que tinha visto, claro, e que o senhor o achou engraçado e meteu-se com ele.

Quando se gosta de complicar

24.10.13
A sala, onde estou agora, fede a vinagre, porque o Isaac despejou-o no chão sem que eu desse por isso (hoje comemos peixe cozido. Já só faltam sete jantares até o Jaime chegar). Ou melhor, eu vi-o pegar na garrafa, mas há momentos em que é melhor fazer de conta que não vemos, principalmente quando estamos a ter uma conversa com uma adolescente.
Entretanto, o Nicolau achou que estava na hora de sair da cama e fez o habitual canto de despertar: ACORDEI, ACORDEI, JÁ ACORDEI. Eu lá fui tentar convencê-lo que estava equivocado nas horas, mas não foi fácil.
Depois, além das confusões normais, dou por mim a olhar para esta casa como um depósito de merda. Há fraldas com merda no caixote do lixo e há um caixote de areia com merda de gatos.
Mas sabem que mais? nada disto tem a ver com o facto de ter filhos (ou gatos, já agora).
Eu já dividi casa com muita gente, primeiro a minha família, depois uma amiga e mais duas estranhas, depois essa mesma amiga e mais oito estranhas (demasiado estranhas), depois o meu namorado e mais três gajos. Ou seja, eu gosto muito de complicar.
Portanto, o que eu tenho agora, com a merda toda associada, é o que eu sou. Os filhos, este milagre da natureza, são uma natural extensão de mim. Eles não fizeram de mim melhor pessoa, não me fizeram crescer, não me transformaram, apesar deste amor que, sendo novo, não me é estranho. É como se eu soubesse desde sempre que é assim que se amam os filhos. Ou que é assim que se ama, ponto.
E, porque eu sou o que sou, apetece-me muitas vezes sair daqui, apenas porque me aborreço facilmente. Mas, que ninguém tenha dúvidas, este é o melhor sítio do mundo para se estar, quando se gosta de complicar.

Uma TPM muito desejado

23.10.13
O sono, tanto sono outra vez, o mau humor, do tipo cão raivoso, umas indisposições assim do nada e as mamas doridas puseram-me a olhar para o calendário, a puxar pela cabeça, a fazer contas, a avaliar impossibilidades, a skypar perguntas e a pensar "será possível estar grávida?".
Ora bem, não me parece, mas neste contexto não tive como evitar imaginar-me com mais um filho (sim, passei a gravidez à frente num instante) e, apesar da coisa me aparecer em imagens instagramadas, ou seja tudo em bonito, só consegui exclamar um "foda-se, era só o que me faltava um filho aos 40 anos".
Acredito nas vantagens de ser mãe mais tarde, sobretudo, porque a maturidade ajuda, de certa forma, uma pessoa a levantar-se mais rapidamente do trambolhão de uma montanha que é gerar, parir e criar um filho no primeiro ano de vida, mas por outro lado a energia dos vintes/trintas podem fazer muita diferença.
Seja como for, acho que nunca saberei responder qual a idade ideal para se ter filhos. Sabemos que há uma idade "natural", porque a nossa natureza assim o impõe, mas a ideal depende de caso para caso.
Mas estou a desviar-me do que interessa: eu com mais um filho. A sério, parece-me tão disparatado que nem sei o que dizer, e depois não há instagram que me ponha a ver mais uma gravidez em bonito.
E não é a ideia de mais um filho que me perturba, é a ideia de outro bebé. Os bebés são as coisas mais lindas do mundo e as mais, mais...cansativas. Nada que uma ama, uma cozinheira e uma empregada não resolvessem, claro, mas se eu estivesse na casa dos Crawley seria uma das criada e não uma das aristocratas. Por falar nisso, a minha filha mandou-me um e-mail a dizer que noutra vida foi uma nobre francesa que conquistou o coração do pai, apesar de ter mais duas irmãs e um irmão. Lembro-me tão bem de na idade dela andar atrás das minhas origens nas vidas passadas, só que sem computador, internet e essas coisas.
Voltando aos bebés, não seria a primeira vez que confundo uma TPM com gravidez, com a diferença de que esta é uma TPM muito desejada.

As botas e a bata

21.10.13
Ontem, o Isaac calçou as botas que eram do primo da Suiça (que são uns três números acima do que ele calça) e como não houve maneira de o fazer descalça-las, nem me pareceu pertinente que o fizesse, fomos assim para a rua. Aparentemente ninguém achou estranho.
Hoje, saímos de casa e ele quis levar a bata, cheia de nódoas de tinta e por passar a ferro, vestida e toda a gente que passou por nós mirou-nos de alto a baixo.
Das duas uma, ou eu tenho problemas com batas encurrilhadas e projectei-os nos outros, ou a malta que sai de casa ao domingo é muito mais fixe do que a que sai à segunda-feira.

A culpa é da televisão

19.10.13
Quando a Bea tinha a idade do Isaac viu o Monstros e Companhia vezes sem conta. Hoje procurei-o no vídeoclube e aluguei-o - tão bom, este filme! - e depois achei que a Boo me fazia lembrar alguém...

A culpa é do computador

19.10.13
A Bea foi passar o fim-de-semana com o pai e eu acordei disposta a ter um dia simpático com os meninos. Eles quiseram vir tomar banho comigo e por isso não podia ter começado de melhor forma, com mãozinhas pequeninas a massajar-me as costas, eles a rirem às gargalhadas por estarmos a tomar banho no rio Douro...depois foi a vez de torradas e sumo de laranja natural. Pareceu-me possível ignorar o vomitado dos gatos, os comboios, as peças de puzzle, os legos, os sapatos, as embalagens que não foram para o caixote amarelo, etc. etc., mas depois vim ao computador e vi que ainda só eram 10h30 e fiquei um bocado preocupada.

Uma senhora de chinelos

18.10.13
E aqui está a prova em como me tornei uma verdadeira hôtesse. Ah, para quem perguntou, nesta reportagem da Visão não saiu nenhuma entrevista nossa. Apenas fizeram referência a alguns dos nossos produtos. Mas na fotografia eu pareço uma senhora, olhem para mim.

Bien sûr

18.10.13
Durante as três semanas e tal em que o Jaime estará fora decidi que, para além dos afazeres habituais, tinha de:

- terminar 20 sacos Ó Bai-me à loja
- arrumar de uma vez por todas as roupas
- vender as fraldas reutilizáveis para pagar um anúncio no Homelidays
- enviar uns press releases
- fazer a depilação

Passou uma semana e o que é que eu posso riscar da lista? Nada, pois claro. Mas vamos receber os primeiros hóspedes na Guest House. Yupiiiiiiiiiii! São franceses.

A liberdade é sobrevalorizada

17.10.13
"Os meus ouvidos ouvem o que os outros não conseguem ouvir. Vejo pequenos e longínquas coisas que as pessoas normalmente não vêem.
Estes sentidos são o resultado da ânsia de uma vida inteira. Ânsia de ser salva. Ânsia de me sentir realizada. Tal como a saia que precisa de vento para esvoaçar.
Não sou formada por coisas que sejam só minhas. Uso o cinto do meu pai a prender a blusa da minha mãe e os sapatos que são do meu tio. Isto sou eu.
Tal como uma flor não escolhe a sua cor, não somos responsáveis pelo que vimos a ser. Só depois de percebermos isto nos tornamos livres. E tornarmo-nos adultos é tornarmo-nos livres."
Do Stoker.

Ironias

16.10.13
Então, desta vez fomos atendidos pelo universo e os meninos não ficaram doentes mal o pai se pôs a milhas, mas como o universo é assim, como dizê-lo, engraçado, ficamos nós, ambos os dois, doentes. Ele do outro lado do mundo e eu neste a sofrer do mesmo.

Ruivos

15.10.13
Pedi ruivos, porque não como ruivos sei lá há quantos anos (os peixes, refiro-me aos peixes, calma) e a senhora abanou discretamente a cabeça, tipo, não leve isso. Não trouxe, com muita pena minha, pois lembro-me que ruivos com batatas cozidas era um dos meus pratos favoritos em criança. É, pode-se dizer que eu era uma criança um bocado estranha.
Depois fui em busca dos outros itens da lista: umas sapatilhas para um ("eu já não te disse que tenho de levar as sapatilha num saco de pano, mamã); uma bata para outro; uma capa de micas ("de capa preta, não te esqueças") para outra e a pensar que tinha tanto onde gastar o meu tempo e o meu talento em vez de carregar itens de um bocado de papel rasgado de um caderno pautado e soprar para o cabelo que teima em cair à frente dos olhos apesar dos 37 ganchos que lhe ponho.
Ou não. Se calhar, isto é tudo o que importa agora e amanhã, amanhã, talvez possa voar.

Refeições

13.10.13
Já se sabe que manter a casa arrumada (sendo que o arrumada varia muito de pessoa para pessoa), e uma certa ordem nas coisas, ajuda, sobremaneira, a gerir as diversas complicações do dia a dia, mas eu prefiro usar as refeições para isso, para manter a tal ordem.
Nesta casa muitas merdas funcionam mal, mas aqui come-se a horas e dorme-se a horas (sendo que comer e dormir a horas depende de pessoa para pessoa). O jantar costuma ser pelas 19h00; o mais novo vai dormir às 19h30, o do meio às 20h30 e a mais velha às 22h00. E, acreditem, poucas coisas me deprimem tanto como estes horários. 
Mas, lá está, temos de arranjar estratégias para os miúdos terem uma rotina que lhes dê segurança e nos dê espaço para beber uns copos de vinho respirar. 
Por isso, no meio do caos que pode ser estar em casa com três crianças, e é um caos a maior parte do tempo, temos aquele espaço à mesa em que toda a gente está feliz (mesmo que seja quase a cair da cadeira, ou a depositar alface na caneca da água, ou a partir copos), e é por isso que me dá um prazer inexplicável cozinhar em algumas ocasiões. Sobretudo quando os vejo deliciados com as almôndegas e batatas fritas caseiras, ou os filetes de pescada com arroz de ervilhas. 
Eu vou ser uma dessas velhas que está sempre a pensar no que vai ser o almoço e o jantar, como a minha avó, não vou?

Não ser mãe

10.10.13
A questão é que às vezes não me apetece ser mãe, como não me apetece muitas outras coisas, e isso, além de desconcertante, é um grande problema, porque eu simplesmente não posso não ser mãe.

Os insondáveis mistérios da vida

10.10.13
Com a premissa de que o ser humano se adapta a qualquer situação, penso frequentemente se seria capaz de viver em circunstâncias desumanas e se é suposto prepararmos os nossos filhos para o pior (às vezes parece que é). Penso no Zé Francisco, na Manuela e no Ludgero, na Irma Lópes Aurélio e nos 300 migrantes que morreram à procura de uma vida melhor. Penso nos caminhos, no milhares de cruzamentos, que terão trazido todas estas pessoas até aqui. Estas e não outras.
A sério, tenho de deixar de tentar perceber os insondáveis mistérios da vida.

P.S O Jaime lá foi e desta vez demora-se mais no outro lado do mundo. Também nunca vou perceber porque nos custa tanto estar afastados, quando até deviam saber bem umas férias um do outro.

Sonhar melhor

9.10.13
Isto de se viver com um humor mais estável é melhor em muitos aspectos, mas os meus sonhos, ai os meus sonhos, são tão seca! Eu fazia coisas tão incríveis a sonhar e agora fico aliviada porque, afinal, o do meio levou as calças de fato de treino no dia certo para a escola. Ou, vou visitar a minha amiga Inês e passo o sonho a vê-la atarefada na redacção e a dizer-me o que ainda lhe falta fazer. A sério??? estes dois temas, só para dar alguns exemplos, noutros tempos dariam sonhos muito mais espectaculares.  No mínimo eu estaria a vestir as calças de fato de treino ao Isaac para irmos visitar o gajo que faz de pai da Judie Foster no Contacto e com a Inês, se fosse para estar a vê-la trabalhar, estaria na Estónia, ou numa peça de teatro qualquer.
Enfim, seja como for, não me parece sensato deixar de tomar comprimidos para sonhar melhor. E daí...

Concurso

9.10.13



Pois bem, servem estas fotos para participar no concurso "Com a vaca que ri sabe bem regressar às aulas".
E porque é que quiseste participar nesse concurso, Calita? - perguntam vocês. Pois bem, eu explico: Porque o prémio para as receitas mais criativas é um vale de 100€ disponível para compras nos postos de venda Sonae e, como deverão compreender, 100€ num hipermercado é de se aproveitar quando se tem uma família com cinco bocas a comer (também pode ser que os gaste em vinho, mas se for esse o caso eu assumo).
Depois, os queijos da vaca que ri já são presença habitual cá em casa, por isso, empratá-los numa receita original não vem daí mal ao mundo.
Como a ideia era criar um lanche nutritivo, saboroso e divertido eu escolhi os ingredientes que
1) tinha em casa
2) que sei que eles apreciam
Ou seja:

2 queijos da vaca que ri
2 tomate cereja
1/4 cenoura
nozes q.b.

Comecei por cortar metade de uma cenoura em palitos e depois fazer dois cortes (em cruz) na base dos tomates cereja. Coloquei os tomates cereja no topo do triângulo do queijo da vaca que ri e os palitos de cenoura a fazer de braços e pernas, conforme as imagens, e espalhei algumas nozes.
Depois é só servir.
Como perdi demasiado tempo a tirar fotografias, um dos bonecos acabou decapitado, mas isso só serviu para tornar o lanche ainda mais divertido.

Agenda

8.10.13
A vantagem de falar com pessoas, em oposição a falar sozinha, é sermos confrontadas com coisas que nunca nos tinham passado pela cabeça.
Pôr na agenda: estar mais vezes com pessoas. Antes disso, comprar a agenda.

Pais&Filhos

4.10.13
Os meus filhos são lindos, a sério, são mesmo lindos, tão lindos como os vossos. A diferença é eu não ser como vocês, linda e espectacular.
Quando eles se põe a guinchar, quando se recusam a tomar banho, a ir dormir, a comer e por aí  fora, NUNCA me apetece mostrar-lhes quem manda (toda a gente sabe quem é, certo?). In extremis apetece-me é sentar a um canto a chorar. Sofro de um terrível défice de autoritarismo e ainda bem, porque não faria sentido ter andado este tempo todo a odiar pessoas autoritárias para me tornar uma delas.
E antes que venham para aqui dizer coitadinhas das crianças que vivem sem saber quais são os limites e vão ser umas desgraçadas no futuro, deixem-me que vos diga que os meus filhos sabem respeitar-me. Esta coisa, aliás, costuma ser recíproca, acho, - eu respeito que eles sejam crianças e me façam passar bastantes vergonhas e eles respeitam que eu seja mãe e os faça perceber que não pode ser tudo como eles querem.
De resto, há que apreciar, não sei bem o quê, tendo em conta que a maior parte do tempo é passado a obrigá-los a fazer coisas que não querem, mas pronto, deve ser giro na mesma.

Ao almoço

4.10.13
Quando uma pessoa está com fome, olha para o canto inferior direito do computador (bons tempos em que se olhava para um relógio!) e vê que está na hora do almoço, levanta-se para fazer qualquer coisa, vê que há frango que sobrou do jantar, mas não há pão e nisto toca a campainha para entregarem uma encomenda com as novas sandwich Thins da Bimbo, isso é... marketing bem feito.
Além da campanha, o pão também foi muito apreciado cá em casa.


Profissão

3.10.13
Fui fazer uma mamografia pela primeira vez e, confesso, quase tive mais medo que me perguntassem a profissão, enquanto preenchiam a ficha de inscrição, do que do exame propriamente dito.
O que é que eu digo, nestas circunstâncias? Não posso dizer empresária, que isso soa a namorada de actor, mas todas as alternativas me parecem piores. 
Felizmente acabei por ir espremer as mamas sem que quisessem saber o que faço na vida. 

Um princípio

2.10.13


Mudar o sofá não é mudar tudo, mas é um princípio (depois descubro qual o meio e o fim). Resistirá a três crianças e dois gatos? Podem fazer as vossas apostas.

A eito

2.10.13
Vinha gabar-me de ter conseguido enfiar as minhas velhas calças de ganga, quatro anos e tal depois, mas quando fui ver as fotos que tiramos no jardim botânico tropical desisti. Olhando para mim no ecrã não vejo diferença nenhuma, ou seja, isto foi sempre um problema de visão.

Não sei qual a relação entre a descoberta de que o universo pode ter uma forma curvilínea e não plana, com a "gravidez" do menino de dois anos, mas eu ia jurar que há uma.

Estou indecisa entre deixar tudo como está e ir indo e vendo, ou mudar tudo. É capaz de haver um meio termo, é, mas os meios termos dão cabo de mim.

Diz que vem aí muita chuva, há um alerta amarelo e tudo, mas eu tenho as janelas abertas e está sol.

Apetece-me comprar um livro.