Os dias sucedem iguais. Nenhum é igual ao outro, mas todos parecem o mesmo. Estou farta disto, como a maior parte das pessoas, e sei que tenho de procurar ondas de confortabilidade para não ceder ao desalento. Encontro-as na chuva miudinha na cara, em falas de filmes - ''sabes que dizem que todos nós temos um sósia algures'' -, em artigos nos jornais - ''corpos que já foram desejados, já se reproduziram, são a humanidade que ali está'' -, nas aulas de yoga e nas bolachas que o Jaime me compra, as mesmas de 2008. Também comíamos tâmaras, agora é raro.
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