Sugeri ao Jaime que visse o filme a Face do Amor e, antes de ele adormecer no sofá, perguntei se não se sentia reconfortado com a ideia de termos um sósia. Ele disse que não, nem por sombras. Já eu gosto mesmo da ideia de haver outra pessoa no mundo igual a mim, como se fosse possível vivermos duas vidas na mesma vida, como no filme do Kieslowski. E mesmo que só sejemos iguais fisicamente, gosto de a imaginar a viver na Nova Zelândia, ou algures no Golfo Pérsico. Provavelmente chama-se Ava e está, neste momento, a beber um chá à porta de casa, ou numa esplanada, a sentir o sol na cara. E a sorrir, claro.
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