Taxi

14.1.16
Já falei algumas vezes do meu ódio de estimação por taxistas. Costumava pensar sempre duas vezes antes de me meter dentro de um taxi, tanto no Porto, como em Lisboa, porque calhavam-me em sorte os mais mal humorados, furiosos, cansados e deprimidos condutores. Havia excepções, claro, mas quando vinha um senhor simpático o taxi avariava.
Depois, vim para Díli e, bem, não sei como descrever a experiência de andar de taxi, por aqui. Primeiro quase todos os taxistas fumam dentro do carro e, obviamente, nem lhes ocorre perguntar se incomoda. Depois, conduzem no máximo a 20 quilómetros à hora para poupar gasolina mas, bom, antes devagar do que depressa. E a música... já perceberam, certo? Pois, está sempre no máximo. Ah, e os taxis, quase todos prontinhos para ir para a sucata, andam enfeitados das mais variadas formas. O de hoje tinha a parte da frente cheia de peluches, por exemplo.
Por isso, fico sempre boquiaberta assim que entro num taxi, aqui, sobretudo quando, depois do espanto, dou por mim a sentir-me alegre. Ao ponto de cantarolar as músicas mais estranhas, como a do "Burrito" (E quando quero ver aquele amor meu/ Eu pego no burrito e lá vou eu), ou uma versão do "Wherever you go, whatever you do", com uns sussurros, não sei se em mandarim, ou bahasa, pelo meio.
Se calhar eu não gosto do bom gosto, como a Adriana Calcanhoto.

Sem comentários:

Enviar um comentário