Desde que me mudei para o bairro mais multicultural de Lisboa, passei a acreditar na ilusão de que vivia numa cidade parecida com Vayorken, mas quando, hoje, saí de casa para levar as crianças à escola, percebi que não é bem assim.
Algumas pessoas viravam a cabeça e olhavam-nos com ar intrigado. Sim, o Nicolau decidiu sair de casa com a adorada touca da piscina na cabeça, e depois? Em Nova Iorque isto não teria sido considerado estranho.
Na padaria, a comer um pão de alforroba, ouço a empregada dizer que o que mais queria era ir passear, tomar o pequeno-almoço dela (suponho que ali tenha de tomar um pequeno-almoço estandardizado), ir até à praia, a seguir passear outra vez e depois jantar sushi.
Acho que era a mesma pessoa que no outro dia vociferava escandalizada com o que estavam a fazer a uma participante da Casa dos Segredos. Parece que a Teresa Guilherme "uma simples apresentadora", não tem o direito de estar a influenciar as pessoas com as suas preferências.
Numa esplanada da moda peço, a uma tia, um chá verde com limão e gengibre. Pago com uma nota de 5€ (custa 1,25€) e lá veio o belo do revirar de olhos porque não tinha troco.
No mercado, pago por um quilo de petinga 6€, entrego uma nota de 10€ e a senhora dá-me 5€ de troco: "fica-me a dever 1€, não se preocupe. Eu sei que vai voltar cá".
(gosto muito mais de escrever na primeira pessoa, mas foi um prazer escrever no outro registo sobre o meu bairro)
Gosto muito do teu bairro. Principalmente do supermercado Chen, da Casa Independente e da Associação Renovar a Mouraria. O resto ainda me falta conhecer ;)
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