O sono, tanto sono outra vez, o mau humor, do tipo cão raivoso, umas indisposições assim do nada e as mamas doridas puseram-me a olhar para o calendário, a puxar pela cabeça, a fazer contas, a avaliar impossibilidades, a skypar perguntas e a pensar "será possível estar grávida?".
Ora bem, não me parece, mas neste contexto não tive como evitar imaginar-me com mais um filho (sim, passei a gravidez à frente num instante) e, apesar da coisa me aparecer em imagens instagramadas, ou seja tudo em bonito, só consegui exclamar um "foda-se, era só o que me faltava um filho aos 40 anos".
Acredito nas vantagens de ser mãe mais tarde, sobretudo, porque a maturidade ajuda, de certa forma, uma pessoa a levantar-se mais rapidamente do trambolhão de uma montanha que é gerar, parir e criar um filho no primeiro ano de vida, mas por outro lado a energia dos vintes/trintas podem fazer muita diferença.
Seja como for, acho que nunca saberei responder qual a idade ideal para se ter filhos. Sabemos que há uma idade "natural", porque a nossa natureza assim o impõe, mas a ideal depende de caso para caso.
Mas estou a desviar-me do que interessa: eu com mais um filho. A sério, parece-me tão disparatado que nem sei o que dizer, e depois não há instagram que me ponha a ver mais uma gravidez em bonito.
E não é a ideia de mais um filho que me perturba, é a ideia de outro bebé. Os bebés são as coisas mais lindas do mundo e as mais, mais...cansativas. Nada que uma ama, uma cozinheira e uma empregada não resolvessem, claro, mas se eu estivesse na casa dos
Crawley seria uma das criada e não uma das aristocratas. Por falar nisso, a minha filha mandou-me um e-mail a dizer que noutra vida foi uma nobre francesa que conquistou o coração do pai, apesar de ter mais duas irmãs e um irmão. Lembro-me tão bem de na idade dela andar atrás das minhas origens nas vidas passadas, só que sem computador, internet e essas coisas.
Voltando aos bebés, não seria a primeira vez que confundo uma TPM com gravidez, com a diferença de que esta é uma TPM muito desejada.