Estava sentada no banco, à espera da minha vez - no banco instituição financeira e não no objecto onde nos podemos sentar, e vi uma aranha, não muito grande nem muito pequena, a atravessar a sala. A delicadeza do bicho a patinhar o chão de mármore e o contraste entre a pequenez daquele e a grandeza deste deixou-me comovida.
Não consigo deixar de ver um certo sentido para as coisas, quando me detenho em detalhes como este. Era como dizia numa conversa, no outro dia, parece-me que a espiritualidade está directamente relacionada com a capacidade de ver a beleza. E a certa altura da vida já não temos como lhe virar as costas.
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