Amar demais

10.2.21

Eu acho que sei o que ela sente, porque já tive aquela idade, porque me identifico com as inseguranças, a angústia e a arrogância das escolhas que ninguém compreende. Mas eu não sou ela, lembram-me muitas vezes. Mas a empatia é precisamente isso, pôrmo-nos no lugar do outro, digo. E estar no lugar do outro não é olhar para o que se passa com os nossos olhos, é com os olhos desse outro, ouvi. 

Certo. Não posso ser eu com os olhos dela, nem ela com os meus olhos; não pode ser o meu coração no peito dela, nem o dela a misturar-se com o meu, como quando batiam juntos. Não? 

Amar demais é pior para quem ama, ou para quem é amado?

Sem comentários:

Enviar um comentário