Algumas das pessoas mais interessantes que tenho conhecido tiveram uma infância pouco convencional, sem pais muito preocupados com a melhor forma de educar, com as técnicas mais eficazes para adormecer e alimentar as suas crias, ou com diagnósticos de PHDA, Dislexia e Discalculia. Os pais faziam o que sabiam e o que podiam sem perder muito tempo a pensar no assunto.
Agora pensamos, questionamos e atormentamo-nos muito com a educação dos filhos. Um dia destes, na minha caminhada, não consegui evitar sorrir quando uma menina pequena, talvez com 5 anos, ao perceber que o cachorro a obedecia, perguntou à mãe: ''Foste tu que lhe ensinaste educação?''
Não há pais que não queiram o melhor para os seus filhos (bom, haverá alguns com patologias que os incapacitam de ter essa aspiração), mas é bastante óbvio que o mundo está cheio de pessoas que confundem o que é melhor para si próprios com o que é melhor para os seus filhos. Provavelmente, sou uma delas.
Por isso, queria voltar a pensar em mim mais como pessoa do que como mãe. Um mãe é sempre uma pessoa, uma pessoa nem sempre é uma mãe. E queria continuar a ser capaz de não ceder a pressões sociais para fazer o que é suposto. Se eu viver a minha vida como me apetecer, que não é mais do que aproveitar o melhor de estar aqui, é garantido que os meus filhos serão bem educados, apesar de eu não ter fugido com o circo.
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