Faltam cinco dias para acabar o diário da quarentena, porque a partir da próxima semana vamos alternar dias de trabalho na vinharia. Até aqui fiquei em teletrabalho e o Jaime na loja, sendo que ele não deixou de trabalhar em casa e eu de ir à loja sempre que necessário, mas a partir de agora vou ter de cumprir horários e vestir-me para sair.
Obviamente, vou levar a minha máscara da Pescada para usar no atendimento ao público, mas espero não ter de usá-la na rua. Se tiver é mau sinal.
Em duas ou três semanas, passámos do princípio de que só os profissionais de saúde devem usar máscaras para vamos fabricar máscaras e salvar o mundo.
Esta semana fomos buscar comida a um restaurante que ofereceu nada mais nada menos do que uma máscara em tecido, com o belo do arco-iris a dizer ''vai ficar tudo bem''. Eu acredito que vai ficar tudo bem, para uns, para outros nem tanto.
Sabemos que o distanciamento social, lavar as mãos e não tossir/espirrar para cima das pessoas são cuidados que temos de ter nos próximos tempos (que devíamos ter desde sempre, aliás, menos o distanciamento social, uma vez que precisamos muito de abraços), mas daí até a nossa sobrevivência depender do uso de máscaras, parece-me um exagero. Mas é uma opinião baseada unicamente no bom senso, sem qualquer fundamentação científica (que não será difícil encontrar se formos à procura dela), posso estar completamente errada.
E opiniões há muitas, como os chapéus, mas não agradeçam às pessoas por sairem de casa para irem trabalhar e garantirem que o país continua a funcionar, para depois olharem-nas de soslaio por quererem aproveitar o sol. O trabalho não pode ser a razão mais importante para correr riscos!
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