Li: “Isto, para todos os efeitos, é uma crise. E raramente saímos das crises da mesma forma como entrámos. Acontecem coisas em nós, e na nossa relação com as outras pessoas, que fazem com que tudo mude” Miguel Xavier, psiquiatra e coordenador do plano do Governo para a Saúde Mental durante a pandemia.
Também se diz, mais ou menos, o mesmo das viagens e não tenho a certeza que as pessoas regressem assim tão diferentes, ou talvez regressem um bocadinho diferentes de cada uma das viagens que fazem, até se tornarem outras pessoas. Mas estamos sempre à espera que ao tornarmo-nos pessoas diferentes nos tornemos melhores pessoas. Supostamente crescemos e aprendemos com adversidades e novas experiências, não é?
Calculo que dependa de pessoa para pessoa e que, aos poucos, podemos vir a ser ser cada vez mais e mais a querer/precisar de mudar, como defende o Alter Eco, mas até vermos uma transformação na sociedade vai demorar muito tempo. Não há-de ser daqui a dois, ou três meses (nem daqui a dois, ou três anos) que tudo vai ficar bem.
Entretanto (saudades do Meanwhile de John Colbert), a escola dos miúdos começou hoje, nada a apontar. Foram duas horas a fazer os trabalhos propostos pelos professores, nos horários definidos por nós, com discussões de ideias entre todos. Estou bastante ansisosa para assistir ao #EstudoEmCasa e perceber como vai funcionar este terceiro período. Ansiosa no sentido de expectante e não de quem está a sofrer de ataques de ansiedade. Eu só tenho problemas mentais quando não tenho razões para isso, ou quando já está tudo bem, não sei se já tinham percebido. Até lá, vou aguentando e cantarolando (por favor, Jaime, se ouvires isto, lembra-te que tens uma fotografia com o José Malhoa).
Sem comentários:
Enviar um comentário