Idiossincrasias

18.11.19
Cortei as repas. Não me ficam muito bem, mas às vezes é preciso acreditar que consigo fazer melhor do que prender o cabelo todos os dias e lavá-lo uma vez por semana.
É verdade que já não quero ser bonita como as minhas amigas, mas quero envelhecer bem, ou seja, parecer mais nova do que sou. Não é fácil, tendo em conta as vezes que acordo de ressaca e que o meu exercício físico é caminhar, mas acredito sempre que é possível. Até perceber que não é.
Tenho de aceitar as minhas idiossincrasias, pronto. Por exemplo:

>Fico um bocado irritada quando algum de nós fica doente, porque me parece uma falha. Como se fosse uma coisa que podia ter sido evitada, tipo chegar atrasada aos compromissos. Não percebo as pessoas que se atrasam, nem as que ficam doentes. E eu fico doente amiúde.

>Dou zero importância ao telemóvel. Fica muitas vezes esquecido em casa, ou sem bateria, sem que isso me causa qualquer ansiedade, como acontece com o Jaime, que ''por acaso'' tem de atender, ia dizer montes de vezes mas já pouca gente me telefona, chamadas para mim.

>Nunca me lembro que alimentos os meus filhos não gostam. Eu argumento que é por eles estarem sempre a mudar de gostos. Uma semana adoram bacalhau, na outra odeiam, mas já perdi a conta às vezes que ouvi ''EU NUNCA GOSTEI DISTO''. Na verdade, agora só tenho esse problema com o mais novo e tinha esquecido que a Bea se queixava do mesmo, até receber a mensagem: ''Até achei algo hilariante 18 anos depois ainda não te lembrares que não gosto de ameixas''.

P.S Não tirei foto às repas e hoje prendi-a com travessões, por isso mostro depois, se me lembrar.

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