Escolher os problemas
7.8.19
Pela primeira vez, desde que os rapazes nasceram, temos de pensar o que fazer com eles durante as férias de Verão. O que fazer com eles no sentido de para onde os despachar e não o que fazermos juntos.
Este é um tema que, obviamente, já fez correr muita tinta e ocupou sei lá eu quantos gigabytes na rede, mas, que novidade(!!), ainda não tinha falado nisso (acho eu).
As pessoas têm filhos, as que têm, e naturalmente têm de os alimentar, agasalhar, educar. Isso, às vezes, pode ser mesmo muito complicado, outras muito simples. Depende de muitos factores.
Seja como for, as férias dos miúdos são um problema para muitos pais desde que as mulheres começaram a trabalhar fora de casa e as famílias se dispersaram.
No nosso caso não temos precisado de nos preocupar com as férias da escola, porque eu estive sempre disponível, isto é, sem emprego, ou sem um trabalho com horários.
Não é o caso deste Verão. Por isso, em Julho pagámos para estarem em Actividades de Tempos Livres (ATL), a fazer coisas que gostam, e em Agosto vamos gerindo um dia de cada vez: as manhãs com um de nós, umas tardes com a avó, outras no trabalho connosco (na foto estão com o primo mais novo, no dia em foi baptizado).
Conseguir isto, conciliar o trabalho com a vida familiar, é uma pequena vitória que vale a pena registar. Até porque só demorou 18 anos e só tivemos de criar o nosso próprio emprego para o conseguir.
Mas, há sempre um mas, criar o próprio emprego é quase como criar um filho. Temos de o alimentar todos os dias, ajudá-lo a crescer e dedicar-lhe tempo. Portanto, para resolver um problema foi preciso criar outro.
Parece-me que a ideia de que devemos procurar os problemas com os quais não nos importamos de viver, em vez daquilo que nos faz feliz, faz bastante sentido.
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