Ou seja, o presente praticamente não existe. Aliás, só isso justifica que passemos a vida a tomar decisões sobre a nossa vida e a vida dos nossos filhos, com base no que será melhor no futuro.
E à medida que vamos envelhecendo (hesitei entre usar o verbo crescer e o envelhecer, mas é este último que se aplica) o futuro começa a ser uma coisa completamente diferente.
Não sei se é por isso que a minha avó chora tanto e tantas horas seguidas. O futuro dela não se avizinha melhor do que o presente que é já passado.
O meu futuro, para já, é o regresso do Jaime de mais uma viagem. A mudança de casa, se vier a acontecer depois do incêndio, e a mudança de escola dos mais novos. Um futuro bem melhor, em comparação com este/aquele momento aqui em casa da minha mãe.
Mas sobre o futuro, que só pode ser sempre melhor, não sabemos nada. E isso é a verdadeira, se não a única, essência da humanidade.
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