Temos uns problemas

10.2.14
Temos cogumelos nas paredes do quarto - as infiltrações continuam, apesar das obras. Temos insónias, os dois, mas em dias diferentes, porque parece que o nosso sistema sabe que um de nós precisa de estar a funcionar. Ou seja, temos problemas. Mas não são destes que quero falar, aliás, quando muito estes são consequências de outros problemas, tais como o triplo mortal no trapézio, sem rede, que decidimos arriscar, que é o mesmo que dizer decidir ficar sem nenhum salário fixo ao fim do mês.
Tudo bem, o SNS é o nosso único sistema de saúde há algum tempo. A escola pública idem. Ficaremos sem carro, mas temos pernas e transportes públicos. Só que, mesmo assim, precisamos de um rendimento mensal, porque as demais despesas (renda, luz, água, gás...) são mensais, portanto é aqui que entra o problema. Bem, na verdade temos três problemas:
Problema 1- Estamos tremendamente insatisfeitos com a nossa vida, ambos deprimidos e um de nós a sofrer de burn out.
Problema 2- Decidimos mudar de vida de uma vez por todas, mesmo sem ter encontrado uma alternativa viável.
Problema 3- Ter de viver os próximos meses com os dois anteriores.
Mas lá diz o ditado: Se tens um problema resolve-o. Se não tem resolução não é um problema.

7 comentários:

  1. ...
    voto em todos, pelo melhor que desejam.

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  2. Eh, Calita, isso é que é coragem! Digo-te por experiência: a pessoa habitua-se a tudo, até à instabilidade! (Isto quer dizer que vão mudar para o Porto?)

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  3. desejo q tudo corra bem

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  4. Lá problemas, têm-nos. Mas também têm uma grande tomatásia para enfrentá-los. Vai correr bem. E vai ser muito bom, mesmo no meio das dificuldades.

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  5. Compreendo as sensações e sintomas e perante o cenário nem perto lá andei, nunca deixámos de ter um vencimento fixo, mas também deixei um trabalho para trás sem outro em vista.
    Acredita que agora têm problemas sim, mas os maiores eram os anteriores, o sentirem-se insatisfeitos e esgotados. Coragem, o vosso trapézio até tem rede, têm excelentes projectos, são criativos e dinâmicos. Fácil não é e pode demorar até descobrirem o sentido dos acontecimentos e terem os resultados que querem.
    Escreve alguém que demorou uns anos a encontrar o caminho e o sentido de decisões e agora que finalmente começou um projecto na área que sempre quis, as pernas ficam bambas num misto de entusiasmo e expectativa, numa aceleração e auto-pressão para ter resultados que até me tira o sono. Que não faz sentido já que só começámos há 4 meses. (O ser humano é mesmo estranho, ou serei só eu.)
    Isto para dizer que não sou ninguém para dar conselhos e que não os estou a dar por ser mais fácil tratar da vida dos outros, mas sim porque vendo com outros olhos e solidários é mais fácil ver o panorama. A tua descrição até para mim é pedagógica.
    Felicidades e parabéns pela decisão!
    Só pode correr bem.
    Qualquer coisa que precisem cá estou, pelo Porto ou pela net.

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  6. Só temos esta vida. Ou bem que a vivemos felizes, ou assim nem vale a pena tê-la...

    (É isto que eu digo para mim mesma todos os santos dias)

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  7. pois, vocês escolheram, a nós aconteceu-nos, ficamos assim, sem salários, os 2, com um bebé pequeno... sempre pensei que qdo se escolhe é pq se sabe o que se quer e há plano... pelos visto não :(

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