Aprender

17.12.13
Saí para comprar batatas, cebolas, leite, pão e massa cotovelos na mercearia do Sr. Rui, que tinha, invariavelmente, a televisão ligada na RTP1, onde a Tânia Ribas falava com outras duas moças sobre brinquedos para os mais pequenos.
Enquanto enchia sacos de cebola saloia e batatas de olho de perdiz ouvia conselhos sobre brinquedos didácticos e a importância dos mesmos para o desenvolvimento das crianças.
Felizmente, e porque a apresentadora é mãe de uma criança pequena, não se escusaram a explicar que os tupperweres (taparueres?) e outros utensílios da casa são, a maior parte das vezes, os brinquedos preferidos dos bebés.
Sorri ao lembrar-me que já soube de cor as diferentes etapas de desenvolvimento das crianças e que tipos de estímulos deveriam ter. Como se os estímulos não estivesses para os nossos filhos, como a farinha maisena esteve para nós.
Agora, estou no outro extremo. Quase não leio livros aos meus filhos e a parte mais interessante do fim-de-semana deles é a ida às compras com o pai.
Mas não é por isso que o meu filho de quatro anos deixa de conhecer quase todos os nossos órgãos internos. Sabe onde é o tubo digestivo, o estômago, os intestinos, a bexiga, o coração, os pulmões, etc. Porquê? porque lhe passei para a mão um livro muito bem ilustrado, sobre o corpo humano, que mostra o percurso de uma pêra desde a boca até ao...ânus. Pois, nada como usar uma coisa que lhe interessa (a fase do cocó nunca mais acaba?) para aprender.

2 comentários:

  1. Estava para aqui a pensar que ganham aos pontos os teus textos (não falo por mim, falo pelas aparências :) sobre o Jaime e a tua avó, seguidos/equiparados aos que mencionam os 3 belos rebentos (a adolescente e os catraios).

    Estás feita e também a tua mãe, desde que a mãe dela não apareça no post anterior :D

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  2. ahahahahahahaha, pois é, agora que falas nisso, tens toda a razão! O que vale é que eu escrevo sobre o que me apetece e quando me apetece...

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