Dia 8

8.10.12
Passei a vida, ou uma minúscula parte dela, a criticar as pessoas que ficavam felizes às segunda-feiras, porque podiam finalmente respirar, sem as crianças de volta das pernas, e desesperadas em Agosto, porque as escolas estão fechadas e não há como ocupar a criançada para que os progenitores possam continuar com as suas vidas. Mas para que raio têm as pessoas filhos, afinal? Esta gente quer ter filhos para andar a despachá-los? dizia eu, a pouquíssimas pessoas, felizmente, com a minha filha única a ocupar-me a vida toda, e a dar-me cabo do juízo, porque decidi que não tinha nada que a deixar numa creche aos quatro meses só porque sim, porque tem de ser.
Pois, hoje, ao oitavo dia (quarto com os dois em casa), estou a rezar para que amanhã o Nicolau não tenha febre para poder ir para a escola. Isto de ficar sem frigorífico, que obriga a compras diárias para não estragar comida, e com um deles doente, não estava programado. E se é certo que eu vivo na ética da floresta (abreviando, ou indo directa ao assunto, que eu sei que não há tempo para ler um post daquele tamanho: "Quem vive na ética da Floresta não tem medo do caos, entende que o caos é criativo"), também é certíssimo que a minha paciência tem limites, o que seria muito normal e estaria tudo muito bem se eu não me estivesse a transformar na minha mãe, a gritar pela casa que me estão a pôr louca e velha e doente e... Logo eu, que sempre odiei isso na minha mãe, o colocar-nos o ónus do problema, quando claramente ela é que não sabia o que fazer.
Enfim, isto para dizer que foi um dia de merda - nem as varejas faltaram de volta dos pratos sujos na cozinha, depois de uma noite de merda, com o Isaac a acordar mais vezes que o Nicolau, e uma manhã diferente, digamos assim, porque deixei que a Beatriz acordasse devagar para que a ida para a escola sozinha não lhe parecesse tão pesada. Faltou à primeira aula.
A parte boa do dia: nós os três, eu e os rapazes, a dormir uma sesta fora de horas na sala. Por causa disso, deitaram-se depois das 21h00. Vamos ver a que horas acordam amanhã.

P.S Comprei almôndegas no Dia, sem olhar para os ingredientes. Não comemos sopa ao jantar.

2 comentários:

  1. é caso para se dizer, oh jaime volta, rapaz,estás perdoado!!

    (deixe lá... é humano querer que eles vão para a escola, querer ter tempo só para nós e até termos alguma saudade de quem eramos antes de os termos... é assim mesmo, acho. E isso não significa que os amemos menos, pq se tivessemos de escolher, escolhiamos o caos diário.. )

    ResponderEliminar
  2. OK, isto agora já não tem graça nenhuma. Espero que os dias que faltam passem muito depressa. E sem doenças. E com os meninos comportando-se como a família Von Trapp (eventualmente sem a cantoria, que deves estar a precisar de silêncio). Força aí, calita!

    ResponderEliminar