No primeiro dia do resto da nossa vida eles ficaram os dois a brincar na mesma sala, muito sorridentes, mas eu saí de lá, ainda assim, com o coração esmagado. Saí e fui caminhar pela cidade, porque para mim, tal como para Quinn*, deambular é uma espécie de ausência de pensamento. Mas pensar, já se sabe, é uma inevitabilidade. E enquanto subia a Santana à Lapa, em direcção a Campo de Ourique, pensei na necessidade de arranjar trabalho, não só para ajudar no rendimento familiar, como para contribuir com os meus impostos para o bem comum. Só que as minhas deambulações levaram-me até à piscina e, portanto, vou mas é fazer hidroginástica. E depois mudar de casa.
*O personagem da primeira história d' A Trilogia de Nova Iorque, de Paul Auster.
Mudar 2 km para Norte. Para uma rua com pronúncia do Porto no nome.
ResponderEliminarFicaram os dois na mesma sala ? Mas isso é fazer batota !
ResponderEliminarPiscina só pode fazer bem.
É, mas neste jogo vale tudo!
EliminarMudar para Norte é sempre bom, mesmo que sejam só 2 Km.
ResponderEliminarVão mudar de casa outra vez??? Deviam era voltar para o Porto (carago!)
ResponderEliminarPois devíamos, mas diz que é preciso ter um emprego para pagar contas e no Porto não aparece nenhum.
EliminarE o Alentejo? As rendas muito mais acessiveis. Compreendo a angustia, eu felizmente tenho trabalho e estou sempre a pensar como posso arranjar algo extra porque uma pessoa vive a puxar a corda. Estes dias de más noticias, os jornais e os comentários das pessoas à nossa volta são tão desmotivadores... É preciso não desistir!
ResponderEliminarMas, a sério, vao mudar de casa outra vez????... Isso já é vício!
ResponderEliminarmudar de casa outra vez???
ResponderEliminarSim, outra vez. Não é vício, desta vez são as medidas de austeridade.
ResponderEliminarQualquer dia vemos as famílias a juntarem-se várias sobre o mesmo tecto :/
ResponderEliminar