O primeiro dia

10.9.12
No primeiro dia do resto da nossa vida eles ficaram os dois a brincar na mesma sala, muito sorridentes, mas eu saí de lá, ainda assim, com o coração esmagado. Saí e fui caminhar pela cidade, porque para mim, tal como para Quinn*, deambular é uma espécie de ausência de pensamento. Mas pensar, já se sabe, é uma inevitabilidade. E enquanto subia a Santana à Lapa, em direcção a Campo de Ourique, pensei na necessidade de arranjar trabalho, não só para ajudar no rendimento familiar, como para contribuir com os meus impostos para o bem comum. Só que as minhas deambulações levaram-me até à piscina e, portanto, vou mas é fazer hidroginástica. E depois mudar de casa.

*O personagem da primeira história d' A Trilogia de Nova Iorque, de Paul Auster.

11 comentários:

  1. Mudar 2 km para Norte. Para uma rua com pronúncia do Porto no nome.

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  2. Ficaram os dois na mesma sala ? Mas isso é fazer batota !
    Piscina só pode fazer bem.

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  3. Mudar para Norte é sempre bom, mesmo que sejam só 2 Km.

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  4. Vão mudar de casa outra vez??? Deviam era voltar para o Porto (carago!)

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    1. Pois devíamos, mas diz que é preciso ter um emprego para pagar contas e no Porto não aparece nenhum.

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  5. E o Alentejo? As rendas muito mais acessiveis. Compreendo a angustia, eu felizmente tenho trabalho e estou sempre a pensar como posso arranjar algo extra porque uma pessoa vive a puxar a corda. Estes dias de más noticias, os jornais e os comentários das pessoas à nossa volta são tão desmotivadores... É preciso não desistir!

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  6. Mas, a sério, vao mudar de casa outra vez????... Isso já é vício!

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  7. Sim, outra vez. Não é vício, desta vez são as medidas de austeridade.

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  8. Qualquer dia vemos as famílias a juntarem-se várias sobre o mesmo tecto :/

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