Tchim, tchim

7.9.11
Há uns tempos, há três anos e picos, dizias que estavas num quarto escuro enquanto eu andava "do outro lado do espelho em arrumações e esse tipo de coisas drásticas e definitivas de onde nem sempre se sai vivo - esse tipo de coisas drásticas e definitivas que certas pessoas nasceram para fazer, sazonalmente, e outras nasceram para não fazer nem mortas." E a certa altura oferecias-me um bilhete duplo para o Luna Park, para quando estivesse de volta.
Estava convencida que mais cedo ou mais tarde reclamaria o bilhete, mas enquanto despejava gavetas de entulho outras enchiam-se de coisas, muitas delas boas, mas mesmo assim a precisar de arrumação, ou pelo menos de algum tipo de catalogação para não as perder no meio de tanta tralha (agora que penso nisso andei [ando?] por um corredor igual ao da casa dos teus avós). Entretanto o Luna Park fechou e, suponho, o bilhete perdeu a validade, mas espero encontrar-te num outro qualquer carrossel de luzes acesas.
Nesse dia 22 de Fevereiro de 2008, dizias ainda (e dizias coisas tão fantásticas naquela coluna, naquele e nos outros dias todos) que estarias mais crescida quando eu voltasse do meu planeta. Eu não sei se estás mais crescida, às vezes acho que já nasceste crescida, mas pareces-me triste e eu espero que seja só uma impressão minha.
Seja como for, hoje estás feliz, porque gostas de fazer anos (tirando quando fizeste 32) e porque tens essa gente toda a festejar contigo. Eu não sei como podes ficar feliz não estando eu aí, mas tudo bem, a vida é mesmo assim. Ou como dizíamos no msn (antes de te apagar a luz, ou mudar-me para o facebook): olha, vidas! (por falar nisso, como está o teu pai?)
E como estás feliz não quero pôr-me aqui a falar das saudades que tenho tuas e das tantas coisas que vivemos juntas. Vou só fazer um brinde, ainda que virtual, e dar-te aquele abraço, bale?

7 comentários:

  1. Acho que a tua amiga vai lacrimejar ao ler isto.

    ResponderEliminar
  2. Calita!
    Volto já, depois de limpar a baba e o ranho.

    (e como é ÓBVIO tens sempre lugar no meu carrossel)

    (lacrimejar é um eufemismo)

    ResponderEliminar
  3. Vi logo que isto ia dar choradeira.
    Charlote (se te consola, calita, eu estive lá mas nem cheguei a provar a charlote, nem sei se havia, porque a minha criança andou aos saltos até não poder mais e depois foi preciso levá-la para casa)

    ResponderEliminar
  4. Vocês se fossem minhas amigas mandavam-me um e-mail a contar tudo: quem se embebedou, até que horas durou a festa, quem anda com quem, essa cenas que fazem o mundo rolar...

    ResponderEliminar
  5. Não havia charlote... Não tive vagar para ir até aos Pinhais da Foz tratar disso, fiquei-me por um folhado de framboesa da Padaria Ribeiro aqui da Baixa.
    Calita, assim que tiver um momento de pausa (ah pois, não ter filhos não é garantia de uma vida fácil) mando um mail. Beijos

    ResponderEliminar
  6. é melhor esperares pelo e-mail da inês. como vês, eu nem cheguei a perceber se havia charlote. (na verdade nem cheguei às sobremesas, foi quase como se não tivesse lá estado), não fiquei a tempo de ver ninguém bêbado, vê lá tu. vi uns beijinhos, mas foi entre o joão e a alice, e isso não é coisa para fazer o mundo rolar. inês, se quiseres manda e-mail também para mim :)

    ResponderEliminar