Eu: Espelho meu, espelho meu …
Espelho: Sim, existe
Eu: Nem sequer sabes o que ia perguntar
Espelho: Quantas pessoas achas que há no mundo? Não vale ir ao google
Eu: Oito bilhões
Espelho: Eu sei que foste ao google. Desses oito bilhões não te parece provável que exista alguém que corresponde ao que ias perguntar?
Eu: Ia perguntar se ainda vou ver, no meu tempo de vida, pessoas sérias a governar o nosso país em vez de palhaços
Espelho: Ninguém vem perguntar ao espelho esse tipo de coisas. Já perguntaste ao ChatGpt?
Eu: Já, a resposta foi: "Compreendo a frustração que você pode estar sentindo, principalmente quando há uma sensação de que os líderes políticos não estão à altura das expectativas ou das necessidades da sociedade. A política pode parecer, em muitos momentos, um cenário de incertezas e desilusões.
Espelho: Olha, o ChatGpt responde com perguntas, ao contrário de mim
Eu: Mas mencionou a importância de participar ativamente no processo democrático
Espelho: Sim, sim, mas continuo sem perceber por que estás a falar comigo sobre isso
Eu: Quando dizes comigo referes-te a quem?
Espelho: A ti
Eu: Não, nada disso. A pessoa no espelho é...não sei bem quem é
Espelho: Pois, compreendo, mas a pessoa no espelho é a pessoa que todos vêem
Eu: E eu posso ser a pessoa que quero que vejam?
Espelho: Pergunta ao ChatGpt
Não gosto de espelhos. Nem gosto que me 'mentem', como diz o artista gaiense, David Bruno.
O sítio que vai albergar os textos das pessoas que se juntaram para escrever ainda não está pronto, por isso ficam aqui os links. De nada.