Dia #43

25.4.20
Festejar o 25 de Abril em confinamento é capaz de ter ampliado a necessidade de liberdade, porque não me lembro de me ter emocionado tanto no ano passado, ou no anterior, como neste.
Todos os anos compro cravos (tirando quando vivi em Timor) e todos os anos me lembro do que fiz neste dia há 19 anos*, porque foi a véspera do nascimento da Bea: Fui ao cinema com o pai dela, e com um casal amigo. Perdi tempos infinitos a tentar descobrir qual foi o filme (achava que nunca me ia esquecer), mas não consegui. 
Uns anos depois apaixonei-me e tive dois filhos desse amigo (que também não se lembra qual foi o filme), mas isso é outra história.
A História que se comemora hoje é a que começou a mudar o nosso país há 46 anos,  mas este é o diário de um indivíduo (ou uma indivídua se preferirem), que já aprendeu a não esperar mudar o mundo. 

*Acho que acontece com todos os pais haver um A.F e um D.F (antes dos filhos e depois dos filhos) e as datas passarem a contar a partir daí. Talvez por isso o meu poema da liberdade seja o dela.

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