O que vai ser o comer

30.1.20
Passou uma música na Radar a louvar a rotina, uma rotina em particular, pareceu-me. Achei piada ao ritmo e à letra mas quando a Inês Meneses falou no Sambado já não ouvi (eu faço parte do grupo das pessoas que não aprecia trabalhar e ouvir música ao mesmo tempo).
Depois, as horas foram passando e eu fui dando por mim a pensar onde comprar o peixe para o jantar, na logística para ir buscar o Nicolau à escola e outras coisas mundanas. Troquei mensagens com o Jaime sobre o jantar, enquanto tratava do almoço do Isaac, e fiquei deveras perturbada com esta minha obsessão do que vai ser o comer.
Na verdade é mais uma obsessão do pequeno lá de casa do que minha. Sempre que o vamos buscar à escola a primeira pergunta que faz é: ''o que vamos jantar?'' Depois compara com o que almoçou e reclama, ou rejubila consoante a ementa apresentada.
Nunca mais me esqueci do dia em que lhe disse que o jantar era strogonoff, o que lhe agradou imenso, mas depois recusou-se a comer, porque o arroz devia ser branco e era de cenoura. ''Não se come strogonoff com arroz desta cor!'', disse ele em prantos.
Bom, depois da troca de mensagens pareceu-me claro que as refeições diárias são o compasso das minhas rotinas.
Entretanto, apeteceu-me escrever sobre as rotinas e por isso lembrei-me da música que tinha ouvido de manhã. Como não consegui descobrir qual era, perguntei ao Jaime (que faz completamente parte do grupo das pessoas que não sabem trabalhar sem ouvir música) e ele esclareceu-me, no exacto momento em que a música passava novamente na rádio, que se tratava da Jóia da Rotina.
''A jóia da rotina/ A jóia da rotina/ É voltar cedo pra casa/ Deixar o ouro na mina''.
Ele há coisas!

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