De todas aquelas coisas que não fomos capazes de fazer, por esta ou aquela razão (tocar piano, dançar ballet, competir no jogos olímpicos, falar correctamente mais de três línguas), a única que me deixa profundamente triste, isto é, a sofrer da mais pura inveja, é a de não ter sido a melhor aluna a qualquer coisa, depois da escola primária. Assim como
ela.
Eu sei que isso vale o que vale, mas era uma coisa que eu gostava muito de ter na gaveta lá de casa, da mesma forma que os anti-heróis guardam medalhas.
As minhas notas excelentes do secundário, ou da universidade, seriam a prova de que eu sou muito inteligente, excepcional até, e que o falhanço da minha carreira profissional é opcional.
E todavia andam agora a saltar teorias de que as pessoas mais aptas são as que foram alunas médias na escola básica e secundária, porque são aquelas que tinham uma vida além da escola. Por isso, como andaram a viver além de estudar, são os melhores alunos na universidade - e isto não significa que sejam os com as notas mais altas. Mas aqueles que têm sucesso escolar, que participam noutras coisas e que, em suma, são mais felizes.
ResponderEliminarE eu acho que a tua concepção de falhanço é demasiado ampla, tão ampla que cabe lá a tua vida quase toda.
O que realmente me importa é saber quanto custa ir a Timor visitar-vos um dia destes, isso sim :-)
Beijinhos a todos e um bom 2016, quando lá chegares vai dizendo como é!