Acasos

21.4.15
Os acontecimentos que se seguem ocorreram hoje, entre as 9h30 e as 10h30. Provavelmente, não seriam dignos de registo (bem, o segundo seria, certamente) se não tivessem acontecido de seguida. O acaso é verdadeiramente fascinante.

Primeiro: depois de deixar os miúdos na escola telefonei a uma amiga e fui procurar um vestido para um casamento numa loja de roupa em segunda mão. Uma mulher cruzou-se de frente comigo e achou por bem agredir-me, com o balanço do braço, na coxa. Podia ser casual, acontece, mas foi com tanta força que era impossível ela não ter a intenção de me atingir. Não faço ideia quem era, não reparei nela sequer, e quando olhei para trás ela continuou a andar como se nada fosse. Mas eu fiquei impressionada. A ruindade impressiona-me sempre.

Segundo: vou levantar dinheiro ao multibanco para ir à frutaria. O multibanco da rua não tem dinheiro. Entro no banco e estão duas chinesas a usar a caixa. Está um senhor à espera e uma outra rapariga. A certa altura ele resmunga impaciente: "Parece que estamos na sopa do Barroso". Olho para ele e vejo que é o Lobo Antunes. Penso que é impossível, apesar das semelhanças, porque não o imaginava nesta zona da cidade (entretanto confirmei que ele vive aqui perto) mas é demasiado parecido e aquela frase naquele tom...Era o Lobo Antunes, só pode.

Terceiro: compro um saco cheio de fruta e legumes na Rua do Zaire e venho a arrastar-me até casa. Chego à porta e, pois claro, não tenho chaves. 

3 comentários:

  1. A mulher catou-te as chaves. Sugiro que vás oferecer a fruta e os legumes ao Lobo Antunes e que lhe perguntes onde se come a sopa do Barroso, que hoje não vais ter como fazer o almoço, está visto.

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  2. Sopa do Barroso come-se aqui: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=25569

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