As nossas crianças

16.3.15
Acho que já deixei algumas pessoas chocados por dizer que não gosto particularmente de crianças. Acho-as interessantes do ponto de vista psicossociológico mas não retiro grande prazer da sua companhia.
Quer dizer, eu gosto de comer, beber e conversar e toda a gente sabe que as crianças são um empecilho, neste particular.
O que não significa que não goste da companhia dos meus filhos. Gosto, quase sempre (e em relação ao que sinto por eles, creio não precisar de explicar).
Acontece que tenho de fazer com eles aquilo que outras pessoas fazem com os cães, que é levá-los a passear para que possam correr em liberdade e, muitas das vezes, cagar no meio do chão. Ora, em muitos dos sítios para onde vamos correr e brincar costumam estar outras crianças e cães também, óbvio. Nem sempre é fácil. 
Por isso, foi com grande alegria que conheci o rapazinho vestido de Jake (do "Jake e os Piratas da Terra do Nunca"), que desferiu uns quantos golpes no Nicolau, com a sua espada de madeira, enquanto o Isaac varria um chão de terra com um ramo de palmeira. 
Ah, finalmente uma criança com quem os meus filhos podiam brincar. A certa altura a espada desapareceu (suponho que mãe a tenha tirado) e lá tive eu de arranjar mais uma vassoura. 
Aquele jardim ficou um mimo, é só o que vos digo. 

1 comentário:

  1. Estou a ficar muito parcial. Ao contrário dos meus, começo a achar os outros miúdos um bocado insuportáveis. Os meus safam-se. Se descontar os últimos três dias, com direito a camas vomitadas, tapetes cheios de molho de chocolate, roupa coberta de tinta das "experiências científicas", etc, etc. Mas os adultos ainda são piores. E os cães ainda piores. Por isso prefiro as árvores.

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