Acordei a meio da noite com um pensamento qualquer e achei que tinha de escrever sobre isso. "É mesmo importante", pensei, "levanta-te", disse a minha mesma, "vai, vai, sai da cama para apontar", gritei pontapeando-me mentalmente. Mas nada, nem me mexi.
É possível que tenha alguma coisa a ver com o facto de ter largado o Lobo Antunes, outra vez. Tenho muito desgosto, mas há que assumir de uma vez por todas que não consigo ler o António Lobo Antunes.
Larguei-o, então, e fui buscar dois livros para ver qual me apetecia ler. Apeteceu-me ler os dois, por isso acho que vou continuar a lê-los ao mesmo tempo. Talvez mais para a frente me interesse um mais do que outro. São ambos biográficos, um é sobre Marguerite Duras, e o outro é o Retrato do Artista Quando Jovem, do James Joyce.
Com a excepção de "O Mundo Ardente", tem sido difícil encontrar livros que me apeteça mesmo muito ler e, agora, apetece-me ler dois ao mesmo tempo. O que foi que me aconteceu, afinal?
Bem, vou subir e descer umas quantas ruas, que é, a seguir a dormir, a melhor forma de nos lembrarmos do que interessa.
Já algum tempo que não consigo ler o António Lobo Antunes (excepto as crónicas) e já me perdoei por isso. Olha, por falar nisso, e actualizares o Goodreads? Aquilo é muito jeitoso para partilhar postas de pescada sobre o que andamos a ler.
ResponderEliminarPois é, sofro do mesmo mal! já tentei e não consigo! Lobo Antunes, não consigo.
ResponderEliminarjá tentei de tudo, mas não dá!
www.osmeustrilhos.pt
Olá
ResponderEliminarJá leste este
http://www.wook.pt/ficha/o-mundo/a/id/1458561
?
Não, ainda não.
EliminarDesde o "Não entres tão depressa nessa noite escura" que já não consegui terminar, só leio do Lobo Antunes, crónicas, mais já não dá. Ainda bem que descobri não ser a única.
ResponderEliminarEu também pensava que era só eu!
ResponderEliminar"(...) Acho que o livro a seguir a este é a melhor coisa que já escrevi na vida. Deste não me lembro mesmo. Não sei porquê, ficou apagado em mim. Tanto assim que eu não queria publicá-lo. Mas acho que uma parte da obra, aquela mais experimental, em que tento algumas coisas novas para mim como na Exortação aos Crocodilos (1989), Não Entres tão depressa Nessa Noite Escura (2000), Eu Hei-de Amar uma Pedra (2004)… Aqueles calhamaços são difíceis de ler como o caraças e eu achava aquilo claro e estava todo contente. Com a vida que há agora é muito difícil ler aqueles livros. Não dá para estar sempre a interromper. A vida não é assim, as pessoas têm de trabalhar no dia seguinte. Isto devia apanhar-se com uma doença."
ResponderEliminarPor ele mesmo :)