Não sei como dizê-lo de uma forma "aceitável", mas há muito poucas coisas que faço com os meus filhos que me interessem. Aquilo que fazemos juntos, faço-o por eles e não por mim. É claro que isso deveria ser suficiente para fazer de mim a pessoa mais feliz à face da terra, mas não, lamento muito ter de o dizer.
No entanto, isso não significa que não tire proveito de muitas das coisas que fazemos juntos. Por exemplo, na feira do livro eles preferiram brincar no jardim a passear pelo meio dos stands e não deixou de ser muito agradável beber um fino enquanto os pequenos corriam pelo labirinto (ou uma espécie de labirinto), um deles descalço, com o livro acabado de comprar debaixo do braço.
Sim, eu queria ter andado atrás das oportunidades, ter lido umas quantas contracapas, ter ouvido o José Gil, etc., mas vê-los correr felizes, abrir os braços para que se aninhem mais uma vez em nós, tem o seu quê de perene. Tal como alguns livros.
E depois, tive tempo de recolher a revista Ler, que andavam a oferecer, com o encontro de Georges Steiner e António Lobo Antunes, mas isso dá um outro post.
*copiado, sem querer, ao Angelopoulos.
: )
ResponderEliminarNós fizemos assim: de manhã fomos lá cansá-los. Ao fim da tarde voltámos, já estavam mais mansos, um ficava com eles a pastar na relva e a comer bifanas enquanto o outro se perdia nos stands, revezando-nos. Todos felizes, no final.
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