Detalhes

21.1.14
Li recentemente qualquer coisa sobre as nossas memórias de infância estarem relacionadas com a nossa ordem de nascimento. Que o facto de sermos filhos mais velhos, do meio, ou mais novos é determinante para a nossa personalidade. Faz sentido, claro, mas nem é tanto sobre isso que quero falar. É mesmo sobre aquilo que escolhemos (voluntaria ou involuntariamente) guardar como recordação.
São, quase sempre, detalhes. Um cobra pendurada numa árvore. Uma banana comida às escondidas. Pedras a delinear o espaço de uma casa. Os amortecedores de uma motorizada. E à volta de cada um desses detalhes uma história.
E é uma pena que os detalhes só nos sirvam no futuro. Não sei quais dos pequenos nadas dos meus dias vou-me lembrar daqui a vinte anos, mas quero deixar registado o maravilhoso risoto que fiz ontem e ninguém comeu. 

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