Mas e os outros todos?
Eu não sei ajudar pessoas, não sei. Estou aqui agoniada. Tenho a certeza que esta gente toda pode fazer a diferença, não só com o contributo financeiro que poderá permitir à mãe procurar outras soluções fora do país, como com a energia positiva gerada por esta enorme onda de solidariedade, mas fico em ânsias, sinto-me doente. Uma pessoa é obrigada a tirar as sapatilhas Merrell, para ir chafurdar em desgraças alheias, desgraças mesmo e fica cheia de medo de perder o pé. Cheia de medo. Quantas crianças estão a fazer tratamento no IPO? O que faz a APCL? E se um dia eu tiver de enfrentar uma coisa destas?
Estou aqui agoniada.
Eu não sei ajudar pessoas, mas ainda bem que há quem saiba. Um bem haja para a Pólo Norte, a SMS, a Miss Glittering e todas as pessoas anónimas que ajudam todos os dias quem precisa.
Compreendo a tua visão, há tantas e tantas crianças a necessitar de ajuda que às tantas uma pessoa sente-se impotente.
ResponderEliminarEu acho que percebo, sofro do mesmo mal. Mas não é o sentimento de impotência, a que se referem no comentário anterior. É medo. É medo de não saber lidar, de não estar à altura, de não ter estrutura emocional para lidar com tamanho sofrimento. É bom não ser única. Não sou, pois não, Catita?
ResponderEliminarAna Loureiro
Não, não és Ana.
EliminarUm de cada vez e na medida do possível.
ResponderEliminarÉ muito bom ver esta mobilização tão grande, sem outro objectivo que não seja ajudar e nem se trata de uma figura pública, com outros canais de divulgação disponíveis.
ResponderEliminarCada um que ajude já é importante, seja a dinamizar, organizar, participar, contribuir, cada um no seu papel.
Fui voluntária na pediatria oncológica e há alturas em que somos engolidos, por isso percebo bem o que dizes.
A perspectiva da perda faz-nos cair dez andares dentro de nós, daí nos sentirmos assim. Mas passo a passo, chegamos lá. Sábado daremos mais um. Até lá :)
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