Sim, tudo está bem quando acaba bem. E não há sentimento que se compare a ver o nosso gajo regressar, sobretudo acompanhado da banda sonora "pai, pai, paiiiii;" e coreografia de braços estendidos, perninhas arqueadas, beijos repenicados, olhos a brilhar and so on and so on (não sei, pareceu-me bem aqui o inglês, afinal estávamos no aeroporto).
Mas, pronto, esse momento já lá vai. Agora temos o pai a recuperar do jet lag e do dia passado em casa com os dois, enquanto a mãe, bom, não tem que recuperar de nada, porque a mãe não faz nada, como se sabe. E eu até podia estar a ser irónica (que estou, é certo), mas esta é a realidade de milhares de mulheres, assim por alto. Mulheres que tratam dos filhos sozinhas e que, ao contrário de mim, trabalham para os sustentar, sozinhas. Portanto, nem vou por aí. Até porque eu, supostamente, pertenço a uma "classe" que pode (e deve) trabalhar para pagar a quem me limpe a casa, limpe o cu aos meus filhos e me limpe o cu a mim, daqui a uns anos. Mas, bom, eu pareço ser a única portuguesa que nunca esperou que um canudo fizesse a diferença por aí (e eu tinha tudo para esperar isso, mas por aqui, então, é que não vale mesmo a pena ir).
Ou seja, voltamos ao normal. E normal é bom. Não é sempre, mas algumas vezes normal é bom. Eu diria até que é muito bom.
Muito bom ;)
ResponderEliminarUm abraço a todos
Esse pequeno instante de ouvir pai na porta de chegada do aeroporto guardo-o para próximas (eventuais) tareias de saudade.
ResponderEliminarMas quanto ao normal e tendo em conta que estamos em mudanças, sem frigorifico, com mobilia a mais na casa nova e ainda sem fogão... e que já estivemos nas urgencias do hospital... normal é exagero.
Mas é bom. Sim. Isso sim.
Adorei todos os capítulos. Não é que desejasse que o Jaime demorasse mais, que não desejava, mas a verdade é que o infortúnio te atiça o génio. A gente já sabe disso, que és o contrário da maioria dos artistas, que precisa de se drogar, tu só precisas de uma certa dose de infelicidade. E isso a vida serve, em travessas Bordalo Pinheiro.
ResponderEliminarMudando de assunto, não vindes cá acima? Não é por vós, tenho saudades do Nicolau, esse menino-sol.
Mesmo com urgências à mistura o importante é que o normal (ou seja, ter o Jaime de volta) é realmente bom. Digo eu, que já andava ansiosa só de ler os relatos da Calita. Oh pá, Jaime, não te atrevas a viajar tão cedo, senão ainda tenho um treco com as palavras da Calita relativamente às visualizações via Skype (sim, eu sou uma lamechas sem fim, uma manteiga derretida, uma coração-mole...)
ResponderEliminarMuito bom o blog. Adorei!
ResponderEliminarTenho um post sobre obesidade infantil, diz-me oq ue achas: http://vidademulheraos40.blogspot.pt/2012/10/1-em-cada-3-criancas-tem-excesso-de-peso.html
Boa! já lá vai...
ResponderEliminarNão és a única a pensar isso do canudo, acho que acabei o curso apenas por teimosia de acabar algo, sabendo que não ia servir para(quase)nada, ainda nem me dei ao trabalho de ir buscar essa dito canudo, não sou de ter coisas em casa às quais não utilizo...
Tanto tempo para "postar", que deve ser mandar a posta, ;) só podia ser pelas longas comemorações.
ResponderEliminarConcordo ali acima com a Dora, quando a coisa passa, pensos e lágrimas limpas, neste caso muletas postas, escreve-se bem sobre ela.
E tudo se torna relativo, né? As considerações sobre o que é certo/errado, útil/inútil fazer da vida, suposto/não suposto, nesse eterno limbo que (pelo menos nós mulheres) vivemos, entre o socialmente aprovado, o sentimento primitivo (no bom sentido) e ancestral de dedicação aos filhos, a vontade pessoal de fazer milhões de coisas úteis e o tal fastio da domesticidade...
Pensei que para quem fez uma opção convicta fosse mais fácil do que quem optou "à força". Mas não. Há sempre um estafermo como o médico que te atendeu que tem opinião.
É complicado. Mas normal.