Sem chip e sem tempo também

22.8.12
Olá, eu sou o Jaime. Quando a minha gaja sugeriu que escrevesse eu o post neste blogue pensei que ela  já não o fazia há uns, muitos, dias e era de facto importante serenar seguidores. São, afinal, só dois dias, mas, de facto, dois dias grandes.
Mas não se apoquentem as leitoras e os leitores, os fãs e as seguidoras. A gaja está viva e de (boa) saúde. Há, no entanto, acontecimentos. Ela que já sobreviveu a três partos, e a três vezes nove meses, arredondados, de gravidez; Ela que já sobreviveu à ansiedade delirante de não estar grávida e à depressão de ter filhos para cuidar; Ela que já sofreu por ter empregos de merda, por não ter emprego e por ter de resumir a vida dela ao cuidar dos filhos; Ela, desta vez, considerou coisa normal a ideia de recebermos cá em casa a mãe e a avó por uns dias, neste Agosto.
E portanto, caras leitores e invejosos leitores, a minha gaja cuida agora de 5 (cinco) crianças e não apenas de 3. Dias de delírio que nem no blogue, facebook, pinrest e afins encontram paz, fuga ou o que seja. Nem o jogo do Porto comigo viu. Ainda bem, digo eu, pelas razões que, agora, se sabem.
Entretanto o que ela aqui deveria ter vindo contar foi que se livrou do chip. As hormonas estavam, confirmo, mais perturbadas do que ela própria e portanto o bisturi abriu-lhe o braço e a Helena retirou, não com facilidade, o vil metal do braço esquerdo da melhor blogger que se conhece. Claro que não havia enfermeira para assistir à operação e ela própria, a minha gaja, tratou de segurar pinças para ajudar a abrir o buraco e et ceteras vários que a seu tempo poderão, ou não, ter melhor descrição neste vosso monitor.
Assim, livre do maldito chip, com uma gaveta cheia de perservativos grátis, e na expectativa de novo comportamento das tais hormonas, voltamos a fazer as contas que se contarão nos próximos dias.
Hoje levei eu o Nicolau à consulta dos 15 meses apesar de ele ter já 16 e parecer ter apenas 9. E a mesma Helena, médica pediatra, de planeamento familiar e da nossa família, mal nos viu, elogiou a gaja enchendo-me de orgulho. A sua mulher, disse, é um espanto. Ontem sofreu um bocado. Mas ela é tão boa pessoa. Vocês merecem-se.

8 comentários:

  1. Olá Calita! Estive em Lisboa, e até te fui lendo num Nokia paleolítico que nunca tinha usado para tais fins, mas como ficámos só dois dias não deu sequer para ver os amigos presentes, quanto mais os futuros. Mas pensei em ti, e folgo vivamente que te tenhas livrado do chip. Essas coisas fazem mesmo mal. Espero que recuperes rapidamente o tempo perdido, em todos os sentidos. Obrigada Jaime, por fazeres de interlocutor. O post esteve bem, mas não, claro, como o original - digamos que esteve à altura do original, o que já não é nada mau.

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  2. Isso de colocar corpos estranhos dentro do corpo é no que dá :p
    Oh deuses esse número (5) já qualifica para creche, espero que não apareça por aí a ASAE dos infantários a exigir uma licença.
    E agora que actualizaste o blogue da tua gaja, já actualizavas o blogue que tens com o outro gajo... para serenar os seguidores!

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  3. Que post magnifico do teu gajo mais velho! Amei ;)

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  4. Bom, eu não cheguei a segurar as pinças, só espremi o braço para tentar que o gajo se mantivesse à entrada do buraco e a médica o arrancasse, mas mesmo assim foram precisas mais duas mãos.

    E já não são cinco crianças, são só quatro, desde que a minha mãe se foi embora :)

    Belo post, como seria de esperar ;)

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  5. Quase desmaiei só de ler, que grande gaija! E não é só pelo bisturi.
    Isso do falhar o jogo é que não pode ser! ;)

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  6. Que estranho (lembrei-me agora)! Não é a primeira médica que diz que sou boa pessoa...

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