Os filhos ocupam-nos a vida, ou a parte dela que acharmos que devem ocupar, mas não mudam a nossa forma de estar na vida.
Ter filhos de mais de um pai, que não tenham sido feitos por acidente, significa que encontramos mais do que um grande amor e isso é raro e é para festejar (nem que seja sozinha).
Se temos de tomar decisões difíceis pelos nossos filhos o mais certo é termos de as tomar por nós e não por eles.
A felicidade deles faz a nossa, mas não é a mesma. O que os faz felizes não é necessariamente o que nos faz felizes.
*É uma pena que sejam simples só para mim.
Sabedoria...
ResponderEliminarCalita, gosto da tua falta de sentimentalismo. É uma virtude tão rara nos tempo que correm! Eu, mãe de duas crianças de pais diferentes me confesso: Fizeste-me pensar nos muitos momentos em que me senti alvo de críticas silenciosas por ser uma mãe divorciada, num tempo em que parece que toda a gente é muito bem. O meu divórcio foi o primeiro momento da minha vida em que fui verdadeiramente adulta perante a urgência de me livrar de um casamento infeliz e deprimente. Tenho a certeza que não fiz a felicidade da minha filha (embora ela pouco pudesse opinar na altura), mas fiz a minha, por mim mas também de certa forma por ela (embora muito provavelmente ela só me venha a perdoar no dia em que tiver de fazer uma escolha semelhante). Esta infantilização a que os pais se submetem sem apelo nem agravo, os quartos decorados de uma ponta à outra para as crianças, os parques temáticos,... tenho algumas saudades da forma como fui criada, entre adultos e no seu mundo, desejosa de ser crescida e poder fazer o que me desse na real gana...
ResponderEliminarOlha, não sei se isto vai no sentido que tu pretendias, mas pareceu-me que sim. Se não, faz de conta que não disse nada!