Não sei como é que uma questão tão óbvia nunca me fez perder o sono, mas, assim de repente, se for preciso, como é que eu vou sustentar três filhos sozinha, sem emprego?
Olha que eu penso nisso todos os dias: como é que eu, se for preciso, vou sustentar dois filhos sozinha, mesmo com emprego? Está lá no top 10 dos piores pesadelos.
Pois, é uma questão pertinente. Terás que te empregar no que aparecer, arranjar uma creche subvencionada pela Segurança Social e certificar-te que os respectivos pais contribuem na proporção que lhes cabe. Também te podes mudar para perto de familiares que eventualmente: te apoiem (seja com dinheiro, seja ajudando a tomar conta das crianças); te alberguem transitoriamente, caso a coisa se torne insustentável como está; te possam facilitar a procura de emprego. Claro que não convém as crianças ficarem longe do pai... É mau para todos. Por coincidência, ando a pensar escrever sobre o casamento, e o que tinha pensado é: o casamento é uma grande colecção de saltos sobre obstáculos, e de coisas que se superam o melhor possível (mas que se não conseguimos ir superarando nos afastam irremediavelmente) e é conviver com o pior de nós, e, como isso não bastasse, com o pior de uma segunda pessoa. Ou seja, é para resistentes. Espero ter sido útil. Se precisares, tenho consultório sentimental aberto.
Penso nisso quase diariamente...o meu pai morreu quando eu tinha 10 anos, de um momento para o outro e a minha mãe que na altura tinha resolvido dar o 'grito do ipiranga' ficou assim a olhar para a vida com 2 miúdas agarradas. Na altura eu achava que ela era capaz de resolver tudo, hoje em dia fico em pânico quando me lembro da situação...e com medo, lá está.
Vens trabalhar comigo, na quinta. Ficas suficientemente perto e suficientemente longe da família. As escolas são boas e têm poucos meninos. O ar é puro e podemos plantar o que comemos. Melhor não posso fazer. Mas não penses na vida sem o Jota, o Jota é maravilhoso. A ideia de pensar na vida assim é criar um buraco negro na alma e não vale a pena sofrer por imaginação.
Olha que eu penso nisso todos os dias: como é que eu, se for preciso, vou sustentar dois filhos sozinha, mesmo com emprego? Está lá no top 10 dos piores pesadelos.
ResponderEliminarhmmm
ResponderEliminaraconteceu alguma coisa ao homem ou já tás farta dele?
:) não aconteceu nada ao homem, nem estou farta dele. Lembrei-me. É que eu raramente penso nisso.
ResponderEliminarTerás que procurar emprego, como qualquer ser humano que vive nesta sociedade...
ResponderEliminarAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA, Pois tinha-me esquecido que nós, os sem emprego, não somos seres humanos.
ResponderEliminarPois, é uma questão pertinente. Terás que te empregar no que aparecer, arranjar uma creche subvencionada pela Segurança Social e certificar-te que os respectivos pais contribuem na proporção que lhes cabe. Também te podes mudar para perto de familiares que eventualmente: te apoiem (seja com dinheiro, seja ajudando a tomar conta das crianças); te alberguem transitoriamente, caso a coisa se torne insustentável como está; te possam facilitar a procura de emprego.
ResponderEliminarClaro que não convém as crianças ficarem longe do pai... É mau para todos.
Por coincidência, ando a pensar escrever sobre o casamento, e o que tinha pensado é: o casamento é uma grande colecção de saltos sobre obstáculos, e de coisas que se superam o melhor possível (mas que se não conseguimos ir superarando nos afastam irremediavelmente) e é conviver com o pior de nós, e, como isso não bastasse, com o pior de uma segunda pessoa. Ou seja, é para resistentes.
Espero ter sido útil.
Se precisares, tenho consultório sentimental aberto.
Penso nisso quase diariamente...o meu pai morreu quando eu tinha 10 anos, de um momento para o outro e a minha mãe que na altura tinha resolvido dar o 'grito do ipiranga' ficou assim a olhar para a vida com 2 miúdas agarradas. Na altura eu achava que ela era capaz de resolver tudo, hoje em dia fico em pânico quando me lembro da situação...e com medo, lá está.
ResponderEliminarPois, o meu morreu quando eu tinha 13 anos e a minha mãe 4 filhos...eu e a minha irmã, mais nova um ano, fomos trabalhar.
ResponderEliminarVens trabalhar comigo, na quinta. Ficas suficientemente perto e suficientemente longe da família. As escolas são boas e têm poucos meninos. O ar é puro e podemos plantar o que comemos. Melhor não posso fazer.
ResponderEliminarMas não penses na vida sem o Jota, o Jota é maravilhoso. A ideia de pensar na vida assim é criar um buraco negro na alma e não vale a pena sofrer por imaginação.
E não seria a primeira vez que me davas emprego :)
ResponderEliminare quando, não bastando isso tudo ainda descobres que, devido ao teu divórcio, tens uma filha que tem uma perturbação de comportamento?
ResponderEliminareu divorciei-me sem emprego (e sou tão estúpida). depois veio a crise (é que sou mesmo idiota).
mas não vale a pena preocupares-te com uma coisa que não tem motivo para acontecer, a esperança média de vida dos homens aqui é 80 e tal anos ;)