Nos últimos dias aconteceram algumas coisas verdadeiramente preocupantes do meu ponto de vista, que tem um alcance relativamente limitado, como se sabe, uma vez que à minha volta há paredes com janelas para a rua, uma para o país dos brinquedos e outra para redes sociais:
a) estive a juntar mais de 300 (trezentos) quadrados de tecido na máquina de costura ao som da rádio Renascença;
b) fui ao cinema e depois de sete meses à espera deste momento dei por mim levemente irritada por a sala estar cheia, por se ter sentado ao meu lado uma pessoa a tresandar a perfume e a não vibrar com o último Almodóvar;
c) a caminho de casa, pouco depois das 21h00, senti medo;
d) não posso beber leite, enquanto amamentar, porque o Nicolau é alérgico a uma proteína do leite de vaca, e ainda não me armei em desgraçada por causa disso.
ai, o filme do almodóvar, que tal? o medo de andar à noite na cidade é algo que se instala, quando parece que deixamos de fazer parte dela:(
ResponderEliminarOlha, desta vez, tenho de concordar com o Jorge Mourinha, «(...) se há grande cinema em "A Pele Onde Eu Vivo", isso por uma vez não chega para fazer um grande filme».
ResponderEliminarEssa ideia de sentirmos medo numa cidade quando deixamos de fazer parte dela não me tinha ocorrido e faz tanto sentido!
A cidade e a noite - faz todo o sentido.
ResponderEliminarPensei que era uma paranóia minha... estranhamente sinto-me aliviada!!