Cartas de Lisboa #4

25.9.17
Querida mamã,

Estamos numa fase um bocado complicada, mas como de vez em quando penso no que tu dirias estou a tentar concentrar-me nos aspectos positivos da vida. Com positivos refiro-me a bons momentos, a coisas engraçadas e a fontes de alegria.
1. A mais óbvia, e mais essencial, é estarmos os 5 em Lisboa. Desde ir à casa de banho às 3 da manhã e ver os dois meninos a dormir que nem anjos, às conversas de jantar tanto sobre cocó como Neruda ou até o clássico “Bea? Bea? Bea? Bea? Bea?... Queres ver os exercícios que fiz hoje?”. Não sei, existe algo de certo em estarmos os 5 juntos.

2. Eu estou a escrever à mão, que sabe muito bem.

3. Eu tenho mesmo bons amigos e passo horas mesmo boas na Arroio ( e tenho ainda 3 professores de Gravura mesmo bons).

4. Este claramente pertence à categoria dos engraçados: a vossa geração deve estar na moda, porque ando a conhecer montes de gente com as vossas alcunhas, desde Topé até Xana e mesmo Calita.

5. Olha, temos uma casa em Santa Apolónia.

6. E por fim, eu já consigo andar e a pancada que levaste na cabeça não deixou danos permanentes no teu cérebro, além das tuas momentâneas senilidades (?) que já estão presentes há muito. 

5 comentários:

  1. oh, que maravilha!, alembra-me tanto as minhas duas sweetaheartas :)

    (eu é que sou a prucidenta da geração seguinte :)**********

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  2. alexandra, que estás para aí a dizer? Nós somos de certeza da mesma idade.

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    1. (Peço desculpa pela confiança no tratamento por tu :))

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  3. então, calita, há tanto tempo que te leio e trato por tu, e jamais pedi desculpas (jamais pediria, ainda que a tua idade cronológica fosse superior à minha, mas não é, ando nos 51, que, de facto, são um andamento para o término dos 52 :)

    aceita um abraço :)

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  4. :) ok, cronologicamente estamos perto, eu tenho 44, mas os números dizem pouco sobre a nossa idade.

    Abraço

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