Questionário

29.1.16
Em Janeiro, mesmo que no final, ainda faz sentido olhar para 2015, certo? É que vi este questionário no Menina Limão e apeteceu-me muito copiá-lo.


1. O que é que fizeste em 2015 que nunca tinhas feito antes?
Emigrei.

2. Cumpriste as resoluções de ano novo, e vais fazer mais no próximo ano?
Já não me lembro quais eram. Para este ano pedi três desejos, como se 2016 fosse um Génio da Lâmpada.

3. Alguma das tuas pessoas teve um bebé?
Sim, a M. teve gémeos.

4. Alguma das tuas pessoas morreu?
Não.

5. Que países visitaste?
Singapura, brevemente, e Timor-Leste.

6. O que gostavas de ter em 2016 que não tiveste em 2015?
Uma profissão.

7. Que data de 2015 vai ficar marcada na tua memória, e porquê.
28 de Agosto, o dia em que me despedi da minha família.

8. Qual foi a tua maior conquista do ano?
Levar a minha mãe à psiquiatra.

9. E o maior fracasso?
Uma colaboração que não chegou a ser.

10. Tiveste alguma doença ou ferimento?
Tive uma má experiência com o DIU.

11. Qual foi a melhor compra que fizeste?
Um vestido preto da Máximo Dutti por 3€, na Humana.

12. Houve alguém cujo comportamento mereça ser celebrado?
Assim de repente não estou a ver, mas houve de certeza.

13. Houve alguém cujo comportamento te tenha desiludido?
Sim.

14. No que gastaste a maior parte do teu dinheiro?
Sem contar com as contas da casa, da escola e da comida, gastei mais em vinho.

15. O que te deixou mesmo, mesmo, mesmo animada?
Ver a Ana Cássia Rebelo no Ípsilon
A perspectiva de uma nova vida
O artigo sobre Timor-Leste que escrevi para a FUGAS

16. Que canção de 2015 vais lembrar para sempre?
Talvez "Love Songs for Robots", do Patrick Watson

17. Em comparação com a mesma altura do ano passado estás:
      a) Mais triste ou mais feliz?
Mais feliz, talvez.
      b) Mais magra ou mais gorda?
Mais gorda.
      c) Mais rica ou mais pobre?
Mais rica numas coisas, mais pobre noutras.

18. Que coisa gostavas de ter feito mais?
Gostava de me ter divertido mais.

19. Que coisa gostavas de ter feito menos?
Desesperado.

20. Como vai ser/foi o teu Natal?
Diferente dos últimos Natais.

21. Com quem passaste mais tempo ao telefone?
Com o Jaime.

22. Apaixonaste-te em 2015?
Hmmm, reapaixonei-me uma ou outra vez.

23. Quantas one-nite-stands?
Pffff

24. Qual foi a série preferida das que viste em 2015?
Borgen.

25. Há alguém que detestes hoje, e que não detestavas há um ano?
Não.

26. Qual foi o melhor livro que leste em 2015?
Melhor, tipo, qual o que gostei mais? Não sei se um de contos de Dorothy Parker, ou o "Fiesta" de Hemingway.

27. Qual foi a grande descoberta musical de 2015?
"Budapeste" dos Mão Morta, na versão da miudagem aqui de casa.

28. O que é que desejaste e tiveste?
Que não nos acontecesse nada de muito mau.

29. O que é que desejaste e não tiveste?
Sentir-me bem comigo.

30. Qual foi o filme que mais gostaste dos que viste em 2015?
O País das Maravilhas, de Alice Rohrwacher, mas eu fui tão pouco ao cinema!

31. O que é que fizeste no teu aniversário, e quantos anos fizeste?
Fiz 42 anos. Fui beber um copo de vinho tinto (ok, vários) ao Aduela com os amigos e dormir num Hotel. Sozinha.

32. Diz uma coisa que teria feito o teu ano muito melhor.
Uma viagem. Ah, espera, fiz isso de certa forma. Então, um bom emprego.

33. Como é que descreverias o teu estilo (roupa, etc) de 2015?
Eu não tenho estilo algum. Sou, talvez, a pessoa menos estilosa do mundo.

34. O que é que te manteve sã?
As crianças, o que tem piada, porque de certa forma são também elas que me dão cabo da sanidade.

35. De que figura pública/celebridade gostaste mais este ano?
Não é costume eu gostar de figuras públicas.

36. Que questão política mexeu mais contigo?
As de toda a gente: Os refugiados, a Grécia e o acordo à esquerda, em Portugal.

37. De quem tiveste mais saudades?
 De estar com os meus amigos.

38. Quem é a melhor pessoa que conheceste este ano?
Não sei.

39. Uma boa lição de vida que 2015 deu.
Ainda estou à espera de perceber. 2015 revelou-se bastante enigmático.

40. Um verso de uma canção que seja um bom resumo de 2015.
"Life is it, life is it, it's where it's at
It's getting skinny, getting fat
It's falling deep into a love
it's getting crushed just like abut
Life there's no love, it's getting beat into the ground
It's getting lost and getting found
to growing up and getting round
It's feeling silence, feeling sound
It's feeling lonely, feeling full
It's feeling oh so beautiful!
Yes!"

(Edward Sharp and the Magnetic Zeros, "Life is Hard")

Eu sei viver, só não sei viver todos os dias

28.1.16
Não é que eu esteja sem saber o que fazer todos os dias da minha vida. Não, nada disso. Às vezes, muitas até, eu sei tirar partido desta nova realidade. Como quando abro maracujás, em Janeiro, e os sorvo deliciada, por exemplo. Ou quando como arroz vermelho. Já sei a que horas e em que sítios posso encontrar os carrinhos de mão cheios de pequenos sacos com arroz, milho, feijão e outras leguminosas.
Também acho muita piada estar a aprender tétum com o Cris, apesar de nem sempre me apetecer ter aulas às 8h15 da manhã.
E sei como aproveitar a nova geografia para fazer cenas que nunca me tinham ocorrido na vida: um retiro de Reiki, escolher o destino da próxima viagem a partir de Kuala Lumpur e ter como exercício semanal a subida ao Cristo Rei de uma ilha no Índico.

Num país novo

26.1.16

Às vezes pergunto-me o que vim aqui fazer, aqui, a Timor-Leste, porque nem sempre sei, ou nem sempre me lembro. Vá, já passaram quase cinco meses, posso começar a questionar-me, certo?
Estávamos fartos, como tanta gente da nossa geração, da falta de perspectivas. Fartos de trabalhar para pagar as contas, as nossas e as dos bancos. Fartos da nossa vida de classe média. Queríamos mudar. Precisávamos de uma vida diferente. Foi isso, acho. 
Viemos para um país semelhante, em muitas coisas, a Portugal há 30 anos, só que em vez da CEE, há o Fundo Petrolífero. 
E é estranho isto de se viver num tempo que não é linear (há uns posts dizia que vivia no futuro, daqui a nada estou a perceber um dos maiores mistérios da Física). Mais estranho ainda é viver "melhor" aqui, portanto, em Portugal há 30 anos, do que em Lisboa há seis meses. Quando digo melhor, quero dizer com mais dinheiro e isso vale o que vale para cada um.
E tal como há 30 anos, tenho medo do escuro e dos monstros que a noite costuma trazer. Acho os meus filhos incrivelmente corajosos. Afugentam pesadelos como se fossem bolas de sabão. Já eu sou capaz de transformar bolas de sabão em pesadelos.
Às vezes acordo com o som de uns chinelos a arrastar no alcatrão e um chilreio desconhecido, e lembro-me: estou num país novo. E não sei o que fazer com isso.  

Há sensações universais 12

24.1.16
«Há, de facto, uma canção que poderia ter esse título [O Dia Conseguido]. É Van Morrison quem a canta (...) pescar nas montanhas, retomar a viagem, comprar o jornal de domingo, retomar a viagem, uma pequena refeição, retomar a viagem, o brilho do teu cabelo, a chegada ao anoitecer e o último verso que é qualquer coisa como: "Porque é que os dias não podem todos ser como este"»

Peter Handke, Ensaio sobre o Dia Conseguido, Trad. Maria Alexandra Ambrósio Lopes, Difel, 1994

A rapariga da sombrinha

21.1.16


Praia do Cristo Rei (já não mostrava uma praia há muito tempo)

Cruzei-me com a rapariga que descia do Cristo Rei com um guarda-chuva para se proteger do sol. Talvez fosse uma sombrinha, afinal. Na verdade não sei qual a diferença, a não ser a função.
A rapariga chinesa era, entre as várias dezenas de chineses que passeavam por ali naquele dia, a única com uma sombrinha e por isso chamou-me a atenção. Por isso e porque estava demasiado vestida para este calor, com umas leggings pretas debaixo de um macacão.
Também reparei no rapaz com uma camisa e uns calções amarelos com palmeiras verdes e a máquina fotográfica pendurada no pescoço. Era o retrato perfeito do turista. Tão perfeito que só podia ser uma ironia.
Lembrei-me que um dia destes, quando não houver crocodilos no mar e os resorts começarem a crescer como cogumelos, Timor vai estar cheio de turistas. "Antes crocodilos que turistas, essa espécie do demo", disse-me uma amiga. É engraçado como gostamos tão pouco de turistas, mesmo quando somos um deles. Ficamos chateados por ter de esperar tanto tempo para subir à Sagrada Família e maldizemos a quantidade de anormais que querem ir ao Museu d 'Orsay de todas as vezes que lá tentamos entrar. Como se nós próprios não fossemos um deles. 
Estava já na praia e via ao longe, depois das rochas que a maré baixa descobriu, um outro grupo de chineses que nadava. Do lado de cá da rochas, estavam alguns timorenses e os meus filhos. 
A rapariga da sombrinha chegou e ficou parada no meio do areal. E sem mais nem menos veio-me à memória o filme do Philipe Seymour Hoffman, que retrata tão bem isto de andarmos todos à procura de agradar alguém.

Estranhos prazeres

15.1.16

Depois de um dos rapazes ter feito xixi na nossa cama, já não sei qual deles, porque nessa noite apareceram os dois no nosso quarto, levei o colchão lá para fora para apanhar sol.
[Sinto um estranho prazer a arejar colchões e a corar roupa branca, no pátio]
Quando o trouxe para dentro, e como estava com dificuldades em colocá-lo no sítio, deixei-o momentaneamente no chão da sala. É claro que demorou 30 segundos a ser ocupado por dois seres pulantes que viram ali um belo trampolim. Pus uma música e decidi pular com eles. Saltámos, dançámos e rimo-nos muito.
[Sinto um estranho prazer a dançar com o corpo todo]
Pensei: Porque não faço isto mais vezes? E depois lembrei-me que a Ana, a nossa empregada, tinha saído mais cedo e por isso senti-me mais à vontade. Ter um empregada é mais limitador, do que libertador.

Adenda: alguém me disse que não percebia o que é que a foto tinha a ver com o texto. Ora, eu acho que tem tudo a ver, porque os macacos parecem-me os seres que vivem mais próximos do hedonismo. Além disso, tinha de usar o meu primeiro GIF em algum lado.

Taxi

14.1.16
Já falei algumas vezes do meu ódio de estimação por taxistas. Costumava pensar sempre duas vezes antes de me meter dentro de um taxi, tanto no Porto, como em Lisboa, porque calhavam-me em sorte os mais mal humorados, furiosos, cansados e deprimidos condutores. Havia excepções, claro, mas quando vinha um senhor simpático o taxi avariava.
Depois, vim para Díli e, bem, não sei como descrever a experiência de andar de taxi, por aqui. Primeiro quase todos os taxistas fumam dentro do carro e, obviamente, nem lhes ocorre perguntar se incomoda. Depois, conduzem no máximo a 20 quilómetros à hora para poupar gasolina mas, bom, antes devagar do que depressa. E a música... já perceberam, certo? Pois, está sempre no máximo. Ah, e os taxis, quase todos prontinhos para ir para a sucata, andam enfeitados das mais variadas formas. O de hoje tinha a parte da frente cheia de peluches, por exemplo.
Por isso, fico sempre boquiaberta assim que entro num taxi, aqui, sobretudo quando, depois do espanto, dou por mim a sentir-me alegre. Ao ponto de cantarolar as músicas mais estranhas, como a do "Burrito" (E quando quero ver aquele amor meu/ Eu pego no burrito e lá vou eu), ou uma versão do "Wherever you go, whatever you do", com uns sussurros, não sei se em mandarim, ou bahasa, pelo meio.
Se calhar eu não gosto do bom gosto, como a Adriana Calcanhoto.

O futuro

12.1.16

Ilustração de Reginaldo Prandi no livro "Ifá, o adivinho"

Nunca o futuro me pareceu uma coisa tão irreal e distante como agora. Até aqui eu conseguia imaginar o que seria o meu futuro. Tinha até vários caminhos alternativos: Seria uma jornalista como a Martha Gelhorn e conheceria o mundo. Ou trabalharia na redacção de um jornal e teria uns quantos filhos de um homem inteligente. Ou teria uma casa sustentável no campo, com vacas, árvores de fruto e um estúdio para escrever e fazer potes de barro. Em qualquer dos casos teria um apartamento na cidade e amigos interessantes. E escreveria.
É claro que nunca fui como a Martha Gelhorn e, apesar de ter três filhos de dois homens inteligentes, o trabalho nas redacções por onde passei não foi bem o que tinha imaginado. 
Também não tenho a casa sustentável nem as vacas, mas tenho árvores de fruto e uma máquina de costura. 
Ou seja, eu estou já no futuro, por isso não sei mais o que esperar, a não ser que as crianças cresçam saudáveis e felizes. Será bonito, espero eu, ver que adultos se tornarão, mas isso será a vida deles e não a minha.
Depois, li um artigo sobre o mundo nos próximo 20 anos e fiquei a pensar que, realmente, devo ter muito pouco de futurista. É que, apesar de não saber o que esperar do meu próprio futuro, estou convencida que nos próximos 20 anos, por muito que a tecnologia continue a evoluir, vai ser difícil corrigir os erros que cometemos até agora. É, acho que nos próximos 20 anos a humanidade devia olhar para trás, basicamente. O futuro, portanto, está no passado. Sempre esteve (acho que nem eu percebo exactamente o que estou a dizer).

Bali e eu não somos compatíveis

11.1.16



Durante a semana de férias em Ubud eu só conseguia pensar na mãe da comediante Merril Markoe, uma senhora que, pelos vistos, passava a vida a criticar tudo e todos.
Eu não li o livro que Markoe escreveu, e que inclui algumas passagens do diário da mãe, mas fiquei maravilhada quando a ouvi falar sobre ele, num Daily Show. Primeiro, porque também cresci com uma mãe hiper crítica e tenho noção do potencial humorístico dessa realidade e depois, porque é fascinante haver alguém que escreve nas margens do Oliver Twist: "not one of his best works".
Mas não foi por causa da relação mãe-filha, ou das críticas literárias que me lembrei da mãe de Markoe, mas porque o diário dela era sobre as viagens que fez à Europa (aparentemente tencionava escrever um livro de viagens) onde considerou a paisagem campestre francesa "singularly uninteresting" e a Praça São Marcos, em Veneza, "in terrible taste".
Ora eu, apesar de ter achado Ubud um sítio muito agradável (muito mais do que a costa, onde estivemos o ano passado) e de perceber o interesse que a cidade desperta em tantos viajantes, não lhe consegui achar grande piada. Não consigo abstrair-me da estranheza que é enrolar um pano à cinta para entrar em monumentos que não fazemos ideia do que significam; da comparação do meu suor a escalar os terraços de arroz com o suor dos agricultores; e do ridículo das poses para as fotografias em todo o lado.
É bonito, sem dúvida. Tem restaurantes maravilhosos e galerias de arte porta sim, porta sim e spas e pessoas afáveis e rituais que resistem ao mundo moderno, mas...não sei, não me convence.
A minha mãe costuma dizer que não é compatível com algumas pessoas. Eu, se calhar, não sou compatível com alguns lugares.

Novos sabores 4

7.1.16
Fruta dragão vermelha. É seguramente a fruta mais bonita que alguma vez vi, mas tem um sabor bastante insípido. Por muito que também se coma com os olhos, da comida espera-se sabor, pelo menos eu espero.

2016 no hemisfério sul

2.1.16
Eu não sei mesmo o que esperar de 2016, a não ser que seja bom, com todas as merdas e todas as coisas extraordinárias que fazem da nossa vida esta coisa difícil de explicar. É óbvio que não deixei de pedir os meus desejos para este ano, numa mistura de emoção, que acompanha qualquer recomeço, e de cinismo pelo ridículo da coisa (afinal, uma pessoa recomeça quando tem de recomeçar). Mas, ainda assim, imbuída de esperança, porque esse é capaz de ser o sentimento comum a uma grande parte das pessoas do nosso planeta, nesta altura do ano, e eu estou cada vez mais sensível a este tipo de energias. Deve ser uma cena do hemisfério sul...
Enfim, foi boa a passagem do ano e foi melhor ainda o primeiro dia de 2016, com mergulhos de mar, contemplações do horizonte, copos de sangria e mais umas páginas de leitura do livro, que entretanto já terminei.
Só fiquei com pena do rapaz que sentiu vontade de se masturbar quando fui dar um mergulho. 
Eu e os meus dois pequenos rapazes éramos os únicos no mar, naquele momento, apesar da praia estar cheia de timorenses, ainda que afastados de nós. Aliás, nunca tinha visto tantos timorenses na praia. Parece que é uma tradição de ano novo fazerem-se piqueniques junto à costa. 
Portanto, o jovem não se sentiu minimamente incomodado com a presença de crianças e eu achei que o melhor era ignorar, tendo em conta que ele parecia interessado em fazer-se notar, uma vez que havia vegetação suficiente para se esconder. 
Eu sei que isto de andarem para aí gajas em cuecas (no meu caso, à falta de fato de banho, vou à praia com uma camisola de alças por cima do biquíni), quando todas as timorenses mergulham no mar vestidas, mexe com a cabeça dos jovens, mas quer dizer era eu ali, com os meus filhos. Quase me apeteceu ir ter com o rapaz, tipo Diácono Remédios, perguntar-lhe se havia mesmo necessidade. 
Na perspectiva dele, provavelmente, havia. Aqui nem toda a gente tem acesso à internet e a TV censura todas as cenas de nudismo, mas na minha perspectiva ele devia usar a imaginação com outra pessoa. É claro que ele poderia sempre argumentar que eu não tinha nada a ver com o assunto. 
Na verdade nunca fui pedir justificações ao casal que vi a foder numa praia de Portugal, em tempos, portanto, não sei porque haveria de pedir a alguém que fode sozinho.
O que eu sei é que muitos problemas seriam resolvidos, ou evitados, com algum romantismo, chamemos-lhe assim.
A história está cheia de relatos de episódios trágicos provocados por relações amorosas (sexo, portanto): Helena de Tróia e Páris; Dalila e Sansão;  Cleópatra e Júlio César e Marco António; Dom Pedro e Inês de Castro, só para citar alguns (que eu não sou tão culta como gostaria), mas quantos episódios históricos terão sido provocados pela não consumação de relações amorosas? 
Bom, entretanto, acho que me perdi, este não ia ser um post sobre sexo, juro, não sei o que aconteceu. Deve ser uma cena do hemisfério sul.