Querido diário

5.2.16
É sexta-feira, quase hora de almoço. Daqui a pouco mais de meia hora os rapazes chegarão da escola, com as suas fardas de Carnaval, e sentar-nos-emos todos à mesa a comer sopa e arroz de tamboril (não imaginas a felicidade que é uma pessoa chegar à secção de congelados de um supermercado e encontrar tamboril e peixe espada e castanhas!)
Ontem consultei uma nutricionista pela primeira vez na minha vida. É verdade, tenho-me visto em situações muito inesperadas sem compreender exactamente como cheguei até elas. O reiki é um exemplo disso mesmo, mas não sei, ainda, como escrever sobre isso. 
A nutricionista fez-me um plano alimentar do qual excluiu o vinho e eu achei que ao jantar devia beber todo o vinho que conseguisse em jeito de despedida. Como vês sou uma pessoa muito equilibrada. 
Diz que o caminho para uma vida mais feliz passa por uma vida mais saudável. Eu acho difícil perceber como é que se pode ser feliz a comer salada sem temperos, para compensar a quantidade de azeite que a Ana pôs na sopa, mas o mundo está cheio de mistérios, parece. Ainda por cima a sopa também tem batata. Vou ter de arrumar o arroz e comer só o tamboril. Pronto,  já estou cheia de fome.
Enfim, devia estar a escrever sobre outra coisa qualquer.
Por exemplo, as crianças já têm actividades extra-curriculares: natação e judo. Ou seja, já somos desses pais normais que têm de andar com os miúdos de um lado para o outro. O que vale é que aqui é bastante normal ter-se um motorista.
E agora, neste exacto momento, lembrei-me de um post que escrevi no outro dia, isto é, há mais de três anos, sobre a vida que eu quero. Tu queres ver?
Entretanto, vi que os filmes "The Revenent" e "The Danish Girl" estão na salas de cinema e fiquei contente. Não tanto como no supermercado, mas ainda assim contente.

4 comentários:

  1. O reiki aparece-nos na vida quando precisamos dele. Aliás, como tudo, saibamos nós perceber (até tenho medo de escrever isto) :)
    Boa tarde para aí...

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  2. Olha, eu perdi 9 kg desde setembro e continuo sem me sentir oprimida. É presunçoso da minha parte achar q o que funciona para mim, funciona para ti, mas enfim, aqui vai, agarra se te interessar. 1- Comecei por fazer mais exercício e andar 5 km (qs) todos os dias. Agora já corro 2 dos 5. O que me fez sair de casa? Os audiobooks. Fico imersa na história e esqueço-me do esforço. Neste momento ando a ouvir uma radio-novela de zombies. Mas acho os audiobooks fantásticos. E para mim funciona muito melhor do que a música para me abstrair de algo que não quero fazer. Mesmo agora, que aprecio o exercício, ele está intimamente ligado a ouvir histórias e acho que não seroa capaz de continuar se não fosse isso. 2 - No inicio mantive a alimentação na mesma, mas em Janeiro resolvi começar a controlar. Não cortei alimentos nenhuns, apenas "conto" as calorias (que eu chamo de pontos para não soar a dieta). Provavelmente conto-as mal porque é tudo baseado na internet mas o facto de ter um numero a frente de cada coisa e só poder gastar x pontos, 1200, 1300, faz com que consuma menos. Basicamente o que noto é que não repito. E tenho sempre um trade-off ao jantar do género "ainda tenho 90 pontos para gastar... mais 1 colher de arroz de tomate ou mais 1 copo de vinho?". Normalmente escolho o copo de vinho.
    Bom, o que sei é que tem resultado, lentamente mas continuamente. Também acho motivador os mini-objectivos: normalmente tenho objectivos de 2,5 em 2,5 kg de 2 em 2 meses, mais ou menos. Enfim, não me sinto oprimida. Se vou jantar fora ou a uma festa mando a contagem dos pontos às urtigas, claro.

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    1. 9 kg é espectacular!!! adoro a ideia dos audiobooks, mas uma pessoa não corre o risco de morrer atropelada? é que eu sou gaja para me esquecer do que estou a fazer se ficar embrenhada na história.

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  3. Bom, eu ando no passeio até ao parque ao fundo da rua e depois faço a kilometragem toda no parque, onde não há carros. E uso as passadeiras :-) Mas se me cruzo com alguém conhecido dizem que me buzinam e que eu nem olho, pelo que se calhar não é bom ir para um sitio onde seja necessário prestar atenção a muita coisa :-)

    Outra coisa boa é que isto demora-me cerca de 50 min mas que começam a contar assim que saio de casa. Não tenho que ir ao ginásio, equipar-me, etc. É só por os ténis, os fones, e sair (normalmente já estou de leggings em casa, agora trabalho em casa que me dá estas liberdades de horário). Acaba por ser fácil de encaixar no dia a dia.

    Mas faças o que fizeres, conta os progressos com a nutricionista. Eu andava tão desmotivada com o peso que até pensei ir para um daqueles programas completos que tem acompanhamento psicológico para trabalhar a motivação durante uma dieta. Mas agora prefiro fazer este processo sozinha, sem me darem palpites. Desde que comecei a trabalhar em casa estou cada vez mais anti-social e com menos paciência para pessoas. Para os amigos tenho, claro. Mas no restante, não quero palpites. E, definitivamente, não quero um palpite que me elimine o vinho da dieta :-) Ou que me diga que posso substituir a massa por espirais de courgette (que até podem ser boas, mas não são a mesma coisa...)

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