A questão é que às vezes não me apetece ser mãe, como não me apetece muitas outras coisas, e isso, além de desconcertante, é um grande problema, porque eu simplesmente não posso não ser mãe.
Compreendo perfeitamente. Não tenho filhos e das coisas que mais me deixa apreensiva é a não-existência de um botão que desligue as funções de Mãe. Muita coragem!
Mas ... mas ... pensas que és a única?! Então ouve esta: uma vez, numa sessão com uma psi, ela queria que eu fechasse os olhos e me evadisse para um cenário idílico, livre de ansiedades e preocupações, uma cena onde eu me sentisse completamente tranquila e zen. Eu a tentar e ela a conduzir a coisa ''imagine-se na praia com o seu filho, com o seu marido e o bebé que está para chegar (eu grávida, portanto), o A. a brincar na areia, blá, blá'' e eu a imaginar-me numa praia, sim, mas bem longe daqui e SÓZINHA. Qual marido, qual filho, qual bebé! Se era para estar completamente relaxada e (glup) feliz da vida, era para estar sem eles, não com eles. Nunca recuperei do desconcerto de ter tido este pensamento. Portanto, não estás sózinha nessa.
Lá está - lapidar como só tu consegues ser...
ResponderEliminarCompreendo perfeitamente.
ResponderEliminarNão tenho filhos e das coisas que mais me deixa apreensiva é a não-existência de um botão que desligue as funções de Mãe.
Muita coragem!
Mas ... mas ... pensas que és a única?! Então ouve esta: uma vez, numa sessão com uma psi, ela queria que eu fechasse os olhos e me evadisse para um cenário idílico, livre de ansiedades e preocupações, uma cena onde eu me sentisse completamente tranquila e zen. Eu a tentar e ela a conduzir a coisa ''imagine-se na praia com o seu filho, com o seu marido e o bebé que está para chegar (eu grávida, portanto), o A. a brincar na areia, blá, blá'' e eu a imaginar-me numa praia, sim, mas bem longe daqui e SÓZINHA. Qual marido, qual filho, qual bebé! Se era para estar completamente relaxada e (glup) feliz da vida, era para estar sem eles, não com eles. Nunca recuperei do desconcerto de ter tido este pensamento. Portanto, não estás sózinha nessa.
ResponderEliminarPercebi, aí pela bloga fora, que to be an Oporto Lober também é ser. Logo, que tal botar por aqui a parte da entrevista (?) na Visão? C' mon :))
ResponderEliminaramen sister! :-)
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