Sabedoria

17.12.18

Disse, ou pensei, muitas vezes que a forma como temos vindo a encarar o trabalho é incompatível com a forma como temos vindo a encarar a maternidade/paternidade. É óbvio que é possível trabalhar e educar crianças felizes, não tenho é a certeza que isso possa ser feito nos moldes que temos. Horas a mais metidos num emprego nem sempre bem pago, crianças submetidas a pressões surreais e esta sensação omnipresente de que o mundo, como o conhecemos, está a ruir.
Enfim, cada pessoa, cada família, encaixa-se no sistema como pode, mas é cada vez mais evidente que o jogo está a mudar e não é claro que as regras sejam conhecidas.
Talvez por isso se ande a falar tanto de espiritualidade (até o Abrunhosa, quer dizer!). Parece-me que a necessidade de parar e olhar mais para dentro de nós está para uma determinada faixa etária como o varfine para a terceira idade. Mas posso estar enganada, claro.
Seja como for, podemos sempre contar com o pragmatismo do povo e a sabedoria que carrega. Como não ficar de bem com a vida, quando vamos na rua, a puxar a gola do casaco para proteger o nariz do frio, e ouvimos ao nosso lado, no meio da conversa de duas idosas: ''Focinho de cão e cu de gente nunca está quente''?

P.S A árvore de Natal na foto não tem nada a ver com o que digo no texto, mas não sei o que me parece (depois de tantos anos a mostrar os nossos pinheirinhos) não pôr aqui a deste ano, sobretudo quando já não decorávamos uma árvore desde 2015.

4 comentários:

  1. Acho que estavas num dia mau quando escreveste este desabafo. Eu cá acho que, tal como a tua árvores, a vida pode ter o seu lado escuro, mas haverá sempre um pisca-pisca para os alegrar!

    Já agora, adoro o teu logotipo!!!

    Mat.
    https://pontoserebucados.blogspot.com/

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