Mariana

9.6.18
Uma mãe e as duas filhas. Quantas vidas cabem nesta frase? Há tantas, tantas variáveis,  tantas histórias possíveis.
Mas estas são a Raquel, a Mariana e a Alexandra e a história delas é real. 
A Raquel foi mãe há 11 anos e dois anos depois descobriu que a Mariana tinha autismo. A partir daí dedicou-se a aprender tudo sobre esta perturbação do desenvolvimento e a ajudar a filha a progredir. Enfrentou muitas dificuldades  mas mesmo assim teve coragem de ter outro filho. Nasceu a Alexandra, com quem pode falar, de quem pode ouvir queixas numa linguagem comum e com quem pode ter uma relação mãe-filha mais padronizada. 
Pouco depois divorciou-se.
Há cerca de um ano descobriu que a filha mais nova, então com cinco anos, sofria de diabetes tipo I.
Uma mãe abnegada e duas filhas, uma autista e outra com diabetes tipo I.

Entretanto, e depois de uma formação integrada no programa Son-Rise*, a Mariana foi seleccionada para um Intensive Program, no Autism Centre, nos EUA. E é por essa razão que estou a contar a história destas três raparigas.
É que esta terapia/formação de cinco dias tem um custo total que ronda os 15 mil euros e a Raquel com o salário de bibliotecária não consegue comportar esta despesa sozinha. Há familiares e amigos dispostos a contribuir com o que puderem, claro, mas feitas as contas não conseguimos chegar ao valor necessário. Por isso, estamos a organizar um lanche solidário no jardim da biblioteca de Santo Tirso, onde a Raquel trabalha, no dia 30 de Junho, a partir das 14h30. 
Apareçam por lá. Seria bom saber que este blog serve para alguma coisa (além de sanita). 
Quem tiver vontade de contribuir mas não puder ir a Santo Tirso, pode fazer uma transferência para a conta** da Mariana.
A Mariana filha da Raquel, uma mãe abnegada que tem a certeza que a filha mais velha vai conseguir falar, e irmã da Alexandra que sabe que as três vão viver felizes para sempre. 

*O Son-Rise Program assume o autismo como uma perturbação de interacção social e não coloca o foco da sua intervenção no aspecto comportamental. Assume que existe sempre a capacidade de recuperação de competências sociais e de independência através do desenvolvimento de uma relação com a criança, focada na conexão intencional para que ela consiga mostrar-nos o seu mundo e a partir daí nós a convidarmos a conhecer o nosso.

** Mariana Rocha Pinto - IBAN PT50 0045 1210 4029 9083 3254 5

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