Sustento

26.2.16
Os meus seis meses até que tudo esteja nos eixos para depois arranjar um emprego estão a chegar ao fim. Mas agora, com uma viagem marcada para Banguecoque e outra para Portugal, não sei o que parece chegar a uma entrevista e ir logo avisando que estou cheia de entusiasmo para começar a trabalhar mas, sabe como é, já tenho férias marcadas.
Além disso, tenho a certeza que as investigadoras do ISCTE vão sentir a minha falta quando já não responder a mais questionários e, provavelmente, deixarei de ter notícias das minhas amigas de Portugal, já que, tirando uma ou outra excepção, só sei delas se lhes perguntar como vão as coisas. Elas estão lá com as suas vidas e os seus problemas e eu estou cá com o meu unicórnio branco e algodão doce  e rios de tempo  para o Gmail e Game of Thrones (o final da terceira temporada deu cabo de mim).
"Ao contrário de ti não tenho um marido que me sustente", disseram-me no outro dia. Eu ri-me. E depois fui ao dicionário procurar o significado da palavra sustento. Eu gosto sempre de me sustentar nas palavras quando não tenho mais nada. 

6 comentários:

  1. aaahhh a dor de corno sobre quem emigra é uma coisa inexplicável. Se tivesse ido para a Suíça tinha emigrado como aqueles desgraçados que entrevistam à hora da chegada no aeroporto, mas como está num país com calor e ainda pode não trabalhar, é uma sortuda. Se as pessoas soubessem o que é ao certo emigrar, sustentavam melhor o que afirmam... Olhe, eu não faço a mínima ideia de quem é, sem ser daqui, disto dos blogues, e fiquei feliz por si, por ter tido a coragem de ter ido com a família toda e acho que sustenta muito bem todas as histórias que vai contando. Boas viagens. :)

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  2. bom dia. estou em lisboa e quero agradecer-lhe pelo seu blog e pelo que me trás cada post escrito por si. li este ultimo e fiquei a pensar que, de cada vez que um post me agrada, devo escrever um comentário. como quem retribui uma carta. afinal, um post é uma carta escrita: a quem a vem a ler. continue a escrever e desvalorize desabafos que vistos daqui aparentam muito a dor de corno. agora está na moda dizer tudo da boca para fora e isso é tao feio como é inútil e perverso. desejo-vos boa estadia aí do outro lado do mundo e sejam felizes

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  3. não sei como conseguiste rir diante de tamanho dislate, calita; no teu caso, teria disparado uns quantos projécteis: verbais, de loiça, talvez mesmo de mobiliário.

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  4. ... estou como a Srª Eduarda Maria : vou começar aqui a comentar. Afinal, leio-a com tanto prazer... Conte. Vá contando. Ah..... pois as "amigas" de que fala.....hum....pois..... um doce [só que não]. Escreva! Escreva (muito). :-)

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  5. Deixa lá o teu marido sustentar te , afinal só estás do outro lado do mundo , longe da família e deste Portugal tão sossegado .

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