Futilidades

25.2.15
Acabei de abrir o e-mail da Epal com a conta da água. Diz que vou pagar mais de saneamento e resíduos sólidos do que de consumo da água. Assim de repente parece-me completamente justo, porque a água, bem vistas as coisas, até devia ser grátis, como o sol e o ar (por enquanto), mas tratar dos resíduos é toda uma outra ciência.
Só que vai-se a ver e, às tantas, isto é tudo uma questão de perspectiva, de interpretação. Uma questão de saber ler (não como os analfabetos funcionais sabem) nas entrelinhas (não como os astrólogos).
Passa-se o mesmo quando se pede ao cidadão comum - que é aquele que, como toda a gente sabe, tem conhecimentos em Ciência Política, Estudos Europeus, Relações Internacionais, Economia e Estatística - que perceba claramente os diferendos entre Eurogrupo*e Grécia, por exemplo.
Enfim, um dia destes o meu sobrinho vai explicar-me tudo muito bem, enquanto isso vejo séries. As séries de médicos e as de grupos de amigos são definitivamente as melhores. 

*Um dia destes ainda me hão-de explicar, talvez à luz do darwinismo social, o que é isto ao certo.

2 comentários:

  1. Andei três dias danada com a a EPAL. Até receber a conta da luz.

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  2. Quem tem famílias com 5 ou mais elementos pode pedir à entidade que fornece a água (EPAL, SMAS,..) o acesso à tarifa familiar. Basicamente aumentam a gama de cada escalão, o que baixa um pouco a conta. Ainda não tenho a certeza se aplicam o mesmo ao saneamento e resíduos, mas deviam, porque o racional é que consumos absolutos mais elevados não correspondem a consumos per capita mais elevados quando o agregado é grande.
    É pena na luz não haver algo parecido na electricidade!

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