Ano novo*

4.11.14
Decidi deixar o cabelo crescer e depois decidi cortá-lo eu própria. Grande erro. Depois, fui ao arquivo aqui do blog ver quando tinha sido a última vez que o fiz. Foi há pouco mais de um ano.
Não sei se esta reincidência tem a ver com o facto de ter deixado os compridos, há cerca de duas semanas, num acesso de rebeldia, mas estou a gostar deste reecontro. Das lágrimas por tudo e por nada; dos acessos de mau feitio (dizem por aí que são constantes, mas há diferenças); da vontade de mudar alguma parte do mundo; de ir a festas e dar festas; de me obrigar a escrever, apesar de odiar tudo o que escrevo; de odiar tudo o que escrevo; de gostar de ir buscar os meninos à escola; de experimentar novas receitas...
Não faço ideia quanto tempo vai demorar até voltar a indiferença, o sono, o desespero por não conseguir reagir, mas até lá vou aproveitar. Acho eu.
Entretanto, estou com um cabelo horrível e apercebi-me que este corpo não é meu. Não consigo chegar com as mãos ao chão e fazer a ponte é o mesmo que tentar empurrar um carro, em porto morto numa subida, com o dedo mindinho. O que foi que me aconteceu, afinal?

*Nunca nada começa em Novembro, a não ser para os que nascem e os que decidem morrer. Pois o meu ano novo começa este mês.

4 comentários:

  1. Bom, estavas bem gira de cabelo comprido, deixa lá isso crescer outra vez. Enquanto o cabelo cresce, o resto logo se encarreira.

    Já o teu asterisco preocupa-me um bocadinho porque este não é o teu mês de nascimento...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não precisas de te preocupar. Eu sou a excepção a esses dois casos : )

      Eliminar
  2. Também gosto do mês de Novembro. Há 19 anos deixei tudo para traz e comecei uma vida nova quando conheci o amor da minha vida.

    ResponderEliminar
  3. Nasci em novembro, o meu filho nasceu em novembro, novembro é o meu mês, os primeiros arrepios de frio são a coisa mais aconchegante que conheço, ou que me faz procurar o aconchego, é tão bom, e as castanhas? e o cheiro das queimadas? (sou do alentejo), meu doce novembro...

    ResponderEliminar