Tenho falta de ar

22.8.13
Confirma-se: não sei fazer dietas, não quero fazer dietas, não vou fazer dietas (vamos fazer de conta que eu fiz dieta nestas duas últimas semanas). Não é que me custe horrores deixar de comer certas coisas, não, custa-me muito mais deixar de beber. Não é, tão pouco, por me faltar a força de vontade, basta-me olhar para uma ou duas fotos tiradas nestas férias para manter-me firme nesse objectivo, é mesmo porque me parece doentio passar os dias a pensar em comida.
Resolvida essa questão (quer dizer, falta-me emagrecer, mesmo sem dieta, mas depois penso nisso), tenho de resolver esta falta de ar que me anda a enervar. Se fosse só antes de adormecer, como acontecia ocasionalmente, ainda vá que não vá, mas no momento em que estou a repreender o mais velho que acabou de atirar o mais novo ao chão, que por sua vez estava em cima de um degrau de um bebedouro do jardim da Estrela, já não me parece uma cena assim tão fácil de lidar. Uma pessoa sente que pode ter um ataque cardíaco, quando um está no chão a chorar e o outro a gritar como um louco, por estar de castigo, e ainda tem a mais velha, sem saber para onde se virar, que opta por nem olhar para mim para não sobrar para ela.
A sério, que merda de mariquice me havia de aparecer agora de quase velha!
Ainda assim, não é a falta de ar que mais me perturba. O que me deixa mesmo, mesmo preocupada é ter perdido a capacidade de me rir de mim própria. Esse é o meu sinal de alerta. Isso e ver sinais de cancro em todo o lado.

10 comentários:

  1. Agora imagina sentir isso (tirando a parte das dietas porque tudo o resto me fez emagrecer) e umas quantas desgraceiras mais que só te querem fazer desaparecer,mas para sempre.
    Há dias em que me sinto apenas maricas, há outros em que sinto que não mereço tanto e não me fizeram super-mulher para poder aguentar tudo sem ter direito a ir-me abaixo.

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  2. Idem idem com dietas, falta de ar e tudo o resto. Uma semana de solidão muito muito longe trata de metade das maleitas. O resto, que remédio senão enfrentá-las.

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  3. No problemo (you have no). A capacidade de rirmos de nós próprias vem tarde (tenho 47 anos, mas já tinha dito, acho eu), acho que me apercebi dela, seriamente falando, vai para aí um ano, se tanto. Antes disso, ria-me de mim e da capacidade de rir de mim, tudo tretas, pela vontade exclusiva de rir e atenuar as dores.

    Acho agora que começamos a rir de nós próprias à séria quando aprendemos a deixar-nos de comparações e admirações relativamente a outrém. Pegando no exemplo - que me é tão caro e francamente regenerador - da blogosfera, já que não frequento outras "redes sociais", quando comecei a conseguir ver as pessoas que mais acompanho exactamente como me vejo a mim: tão frágil que apetece abraçar, logo, rir em conjunto :)

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  4. erm... passo o dia a pensar em comida...

    :p

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  5. As dietas, pá, que neura. As vezes que eu digo a mim própria: "que se lixe, não me importo de ser gorda". Mas importo, essa é que é essa.

    Falta de ar é ansiedade. Respirar fundo duas ou três vezes literalmente e depois, lá está, um copito de vinho ao jantar também ajuda ;)

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  6. Olá.Temos o mesmo nome. Tu tens 3 filhos e eu tenho 4...e temos as duas ansiedade. :)

    Eu comecei há 8 meses com ataques de pânico!!!!Giro nao é???Acordei a meio da noite e olha que nao foi bonito, nem de ver nem de aguentar.Já tive outros.
    Adiante!
    Faço Unilan. 1/2 quando achar que vai acontecer.
    Faço meditação e Reiki...

    Minha querida, conselho: calma, respira fundo. Bebe um copinho, que eu nao bebo, e o meu medico disse que podia beber um copinho ao fim de semana para descontrair!:) O meu médico é simplesmente maravilhoso...e atura-me os inicios de ataques de panico ao telefone...depois falo com ele e acalmo, ...tb ligo ao meu marido :P!

    E pronto! Respira fundo.
    Faz coisas que te dêem prazer...e sê feliz!:)

    (Deixa a dieta...come de tudo com moderação, só isso!)

    Beijinho doce

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  7. E o sexo também ajuda muito :)

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  8. vai ao médico. já não vais pra nova.

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  9. Caraças, pá! Nunca comentei, mas ficas a saber que te adoro, e que tinha que ser uma cena de doenças a obrigar-me a escrever! Junta-te ao clube! Me too, falta de ar, mania de caroços nas mamas, que passo o dia a apalpar, e não pelo melhor dos motivos, etc, etc.
    E é isto, só para que saibas que não estás sozinha. E já d'agora, sobre cortinados esvoaçantes, armei-me em esperta e coloquei na sala. Todos estão esburacados, especialmente o que está junto ao computador, que os putos insistem em enrolar neles as rodas da cadeira.
    Cláudia

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