Os nossos amigos e os nossos filhos

27.3.13

Eu sei que ninguém me perguntou nada, mas sabem o que é mesmo, mesmo importante na educação dos nossos filhos? É termos amigos que gostem deles, ou que não se importem de estar com eles, vá.
É muito giro pensarmos em programas para fazer com os miúdos, ou em actividades que se adequem  à personalidade deles, é muito bom olharmos para eles e ver como estão crescidos e felizes. É bonito jogar à bola no jardim e fugir das ondas na praia.
Mas bom, bom é estarmos entre amigos, a comer e a beber e a conversar, com os putos por ali a brincar e a chatear de vez em quando. Evidentemente que para isto saber bem é preciso o número de adultos ser muito maior do que o de crianças e estas chatearem na medida certa, o que raramente acontece, sobretudo quando são muito pequenos.
É por isso que eu tenho pena de ter os meus amigos longe, porque acho mesmo que os meus filhos viveriam experiências muito mais interessantes (como as festas de S. João nos Guindas em que era preciso combinar quem ficava sóbrio para olhar pela Beatriz; ou as festas de aniversário na Mártires da Liberdade em que ela acabava a fazer passagens de modelo), mas por outro lado ainda bem, porque não sei como seria o convívio entre as minhas crianças mais pequenas e os meus adultos preferidos e, assim como assim, posso sempre dizer que convivemos pouco, porque estamos longe.

6 comentários:

  1. Ainda há momentos estava a pensar nisso. Eu adorava conviver mais com os teus filhos, e os nossos amigos com os nossos filhos e os nossos filhos com os nossos filhos.
    Aliás, tenho uma foto de um belíssimo momento de cumplicidade Carol - Isaac em redor de uma betoneira cheia de água. São meninos dos elementos, convém termos suficientes mudas de roupa para estas crianças e alguns lenços de papel.
    Não há como evitar a distância, mas há sempre férias e fins-de-semana, vamos apostar no intensivo já que não temos o extensivo. Pelo menos por agora, e podemos ir sempre fazendo figas para que volteis para o Porto. Embora eu ache que Lisboa te está a dar uma veia literária de altíssimo nível.

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  2. É muito giro ver essa cumplicidade entre os dois. Deram-se bem desde o primeiro momento em que se viram.
    Fins-de-semana intensivos por aí é o que mais anseio, sobretudo na tua quinta.
    "Veia literário de altíssimo nível", é um claro exagero, mas que nunca escrevi tanto e com tanta urgência é verdade, achas que Lisboa é responsável por isso? (é que já me ocorreu a mesma coisa)

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  3. pois eu digo-vos, meninas, que ver os nossos filhos a brincar com os filhos dos nossos amigos é das coisas que mais me emociona, mesmo. Ainda este fim de semana estivemos todos juntos (a malta do 12D) e é para lá de espectacular ver que eles são amigos, entre eles. não tem apenas a ver connosco. eles continuam a nossa história. Mas, gaja, quando vieres para o Porto, carago, ainda se vai recuperar muita coisa :-)

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  4. Bem, as duas passagens de modelos da Beatriz no corredor da Mártires da Liberdade (sim, porque houve uma segunda, na célebre manhã de aniversário e de piolhos em que tu estavas mais ou menos acabada de parir a 300 quilómetros de distância) estão na lista de coisas que vão ficar para sempre a itálico na minha vida. Ir com a Bea ao Pingo Doce de Cedofeita comprar coisas para jantares em tua casa também. E levá-la ao teatro num domingo à tarde e ela dizer no carro, à frente do meu pai e a minha tia, que os pais estavam em casa "de ressaca". E as máscaras faciais de limão e mel que ela nos fez (Tato incluído!) de madrugada em casa da Xis num ano em que eu fiz anos em Lisboa. Venha quem vier, a Beatriz será sempre um bocado também a minha menina. Mas estou disposta a dar uma oportunidade ao Isaac e ao Nicolau ;)

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    1. :) fiquei tão emocionada, agora (e ri-me tanto com a cena do carro).

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  5. a tua lucidez é esmagadora ;-) parabéns!

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