Criar os filhos, ou a ciência da educação

20.2.13
Recebi um e-mail, muito bem escrito, a falar-me deste livro e, apesar da palavra sucesso me arrepiar, sobretudo associada a crianças, houve duas ou três coisas (um dos livros do ano do The New York Times; resultado de um conjunto de estudos inovadores em várias áreas; o factor decisivo para o futuro das crianças é a formação do seu caráter e não as competências cognitivas) que me fizeram querer saber mais sobre ele.
Depois de ler o texto da revista do Expresso fiquei a saber que o autor é jornalista, que tem um filho de quatro anos e que nunca vou deixar de ficar espantada com as conclusões dos estudos que se fazem nesta área.
Diz o autor que quando as crianças são pequenas é sempre melhor dar-lhes mais atenção em períodos de stress, ou em crises de choro (será que alguém ainda duvida disto? pergunto eu), mas a partir dos 2 ou 3 anos é preciso fazer exactamente o contrário, porque aqui as crianças precisam de desafios e de independência, não de excesso de zelo parental. Devem aprender experimentando e errando, a cair e a levantarem-se sozinhos (o que também não será grande novidade, digo eu).
Mas, pronto, a escreverem-se coisas sobre as quais já sabemos (ou achamos que sabemos) pelo menos que sejam assim, que nos mostrem a importância de formar o carácter de alguém (pelos vistos pode mesmo ser formado) em vez de insistirmos na parvoíce do QI. 

P.S O título do livro também me chamou a atenção, sobretudo depois de saber que Portugal é um dos países em que os riscos de pobreza ou exclusão das crianças mais aumentaram nos últimos quatro anos.

2 comentários:

  1. Também acredito muito nisso de formar o carácter, a inteligência emocional, o pragmatismo, a capacidade de lidar com a frustração. É verdade que o avô do Carlos da Maia também acreditava e foi o que viu.

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  2. Olha, o melhor - e acredita que tenho e li mão-cheias de livros sobre psicologia e pedagogia, deformação profissional/voluntária - que li foi 'Diga não ao seu filho', de John Rosemond.
    Usei muitas vezes uma pirâmide de hierarquia familiar baseada no livro em sessões de formação para escolas de pais (que sim, hoje se chamam coachinhg), e é espantoso, que ninguém acertava na ordem 'correta' dessa hierarquia.
    aconselho-te a dar uma vista de olhos no mesmo, se conseguires, vale mesmo a pena.
    (http://www.wook.pt/ficha/diga-nao-aos-seus-filhos/a/id/60429)

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