É que, a partir de certa idade, se vamos ao médico saber se está tudo bem, o mais certo é sair de lá com uma doença crónica. Foi o que me aconteceu ontem. Lá fui ao Dona Estefânia confirmar se era alérgica ao marisco e, apesar de os testes dizerem que não, confirmaram, sem margem para dúvidas, que sou alérgica aos ácaros do pó (ah, sim, claro, já agora posso ser alérgica à loiça por lavar e à roupa por secar e dobrar?). Até aqui tudo bem, não era assim grande novidade. A minha experiência já o tinha demonstrado, em mais do que uma ocasião, só que ainda não tinha tido "oportunidade" de pagar a um(a) alergologista para confirmar o óbvio.
O que eu não estava à espera era de sair de lá com a notícia de que sofria de uma doença crónica e que tinha de snifar umas coisas mais não sei quê. A sério, isto deixa-me mesmo fodida, porque, supostamente, não posso beber mais do que xis copos de vinho por dia, que passo a ser alcoólica, mas posso snifar cortisona, e sei lá o que mais à vontade, que isso são medicamentos prescritos e tal e tal, e há estudos e ensaios e sabe-se que não faz mal. Sabe-se?
É claro que não sou eu que vou questionar o conhecimento de anos de estudos, aplicados em cobaias de diferentes espécies, mas terão de me perdoar a arrogância de preferir continuar a espirrar e atacar o problema em SOS (sim, porque jamais me ouvirão reclamar contra químicos para controlar o sofrimento), do que passar a snifar cortisona, duas vezes por dia, até à próxima vaga no hospital (Junho).
Se é para usar drogas, posso ser eu a escolhê-las?
Por cá não se vendem medicamentos que não tenham sido experimentados em cobaias da espécie humana :) pelo menos não se vendem legalmente...
ResponderEliminarPior pior, é sair da consulta do alergologista com a confirmação de que não há nenhum sinal de alergia e trazer essa parafernália de medicamentos para tomar na mesma!
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