Queridas leitoras (que comentaram no post anterior)

24.10.12
Vocês são mesmo umas queridas. Acharam mesmo que a proposta de trabalho era para mim? Eu estou em casa há quase quatro anos, não tenho propostas de trabalho, quando muito recebo respostas a trabalhos propostos por mim e mesmo assim, sabe deus! Não, caríssimas, a proposta de trabalho no estrangeiro é para o Jaime, que não ficou em casa com os filhos e por isso, mas não só por isso obviamente, tem uma carreira fulgurante, enquanto eu engordo e envelheço ligeiramente frustrada e, por estes dias, tremendamente amargurada. Que é uma coisa um bocado parva e inútil, a amargura, mas as coisas são como são.

13 comentários:

  1. LOL, pois eu pensei que tivesse sido para o Jaime, mas ele ainda não se manifestou...
    Isso da amargura é mesmo assim, as coisas são como são. Mas se te faz sentir melhor, todas as mulheres normais (mais coisa menos coisa) engordam e envelhecem, só que umas têm dinheiro para plásticas e para passar o dia no ginásio com o PT e outras têm que trabalhar ou cuidar dos filhos! (por este comentário se presume que também eu engordo e envelheço ligeiramente frustrada)

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  2. Eu trabalho e não tenho engordado, mas flacidifico e envelheço igualmente frustrada. A frustração calha a todos, não advém de estar em casa com os filhos, advém de, citando os Deolinda, andarmos todos uma casa ao nosso lado.

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    1. A questão é que eu de há dois meses para cá não estou em casa com os filhos (a não ser quando estão doentes, o que tem acontecido com alguma frequência).

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  3. Mas agora o que me importa : o estrangeiro é na França ?
    Não percebo essa coisa da amargura, a não ser que te ajude a escrever um livro, ou um conto, assim tudo bem. Caso contrario, não sei para que a queres. Não interessa nada. E a vida são dois dias, etc, e por ai fora.

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  4. Eu repito, go, go, go!
    Mudar dois km é para mariquinhas, mudar uns milhares, ainda mais com o adjectivo aliciante por ali a cintilar... Go, go, go!

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    1. Sim, é verdade e nem pensaríamos muito se uma das crias não ficasse distanciada do pai cerca de 14414.759 km...

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  5. (é tao fácil falar!...)

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  6. a frusutraçao e coisa q me assiste muitas vezes entao agra meti me na costura claudia.nasnuvens@gmail.com se te apetecer ir la, mas tb n tem interesse nenhuum e mm so p veres o q faço com a minha frustraçao e assim ate parece q ela nem existe! sou esperta e o q e! :)

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    1. Mudar de país não é fácil (eu que o diga) mas a fazer-lo, o melhor é quando os filhotes são pequenos.
      Essa frustração também a conheço ás vezes, mas pensa positibo, carago. És mulher do norte como eu eheheh.
      Beijinhos da Alemanha,
      outra tripeira

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  7. Calita: a amargura é uma iguaria de que se vai escapando entre um almoço e outro, mas depois há sempre aquele jantar em que nos cai em cheio no prato, e o pior é que a ementa não permite alternativas, está fechada. Mas depois, claro, há o incontornável dia seguinte. Ou seja, é como já sabes. E as crianças, gostam da casa?

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  8. Até consultei o dicionário para medir o tamanho do excesso no uso do fulgurante.

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  9. provavelmente já te disse isto, durante 7 anos fui mãe a tempo inteiro (não tenho três filhos, apenas dois).

    quando me divorciei fui forçada a arranjar um emprego - o meu primeiro emprego foi num call center (e sim, já tinha mais de 30 anos e sim tenho um curso superior).

    em simultâneo tinha dois filhos em casa, o mais novo com três anos, a quem levava à escola, ia buscar, fazia jantares, preparava lanches, ajudava nos tpcs tudo enquanto me enfiava numa depressão insuportável por (entre outras coisas) ter de trabalhar num local onde era insultada 8h/dia pelos clientes que atendia.

    o tempo passou, arranjei felizmente trabalhos melhores, fiz coisas de que gostei muito e outras menos, aturei chefes idiotas (uma constante nos chefes), conheci pessoas fixes e pessoas que deviam ser afogadas para bem da humanidade, vi muito menos os meus filhos crescer do que quando era mãe a tempo inteiro.

    entendi muita coisa, cresci bastante e, embora me sentisse sozinha e muitas vezes desesperada quando era só mãe (até porque a componente "pai" era uma presença ausente lá em casa) dei graças a Deus por ter visto os meus filhos crescer e por tê-los acompanhado nesse processo. fiquei com pena de não ter ficado mais uns dois ou três anos em casa.

    agora tenho uma filha adolescente que detesta passar tempo com a mãe e um filho quase adolescente que ainda gosta, mas por pouco mais. passou demasiado rápido enquanto eu me queixava da vida.

    não vale mesmo a pena ficar amargurada só porque as coisas não são propriamente ideais (nunca vão ser, até a cristina onassis que era milionária se matou).

    trabalhar fora de casa não é propriamente um eldorado - a melhor parte é quando sabemos que o fim de semana vem aí e vamos poder dormir mais um bocadinho ou isso.

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